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Toledo: Boulos é quem tem mais chances de avançar ao 2º turno em SP

do UOL

Colaboração para o UOL

05/10/2024 20h16

O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) é o que tem maior chance de ir para o segundo turno, avalia o colunista do UOL José Roberto de Toledo no A Hora Extra deste sábado (5).

Segundo o último Datafolha antes do primeiro turno divulgado neste sábado, há empate técnico entre Boulos, Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB). O candidato psolista tem 29% das intenções de votos, enquanto Nunes e Marçal contam com 26%.

Toledo diz que a vantagem de Boulos nas pesquisas eleitorais não é o único ponto que indica a maior possibilidade de ele estar no segundo turno.

Se você pega a curva de votos espontâneos, [Boulos] é o que mais tem voto consolidado, tem a tradição da esquerda, teve esse empurrão final do Lula hoje de manhã e ontem na live. A esquerda tem tradição de chegar em segundo lugar em uma eleição paulistana ou em primeiro lugar. Não me recordo de nenhuma eleição pós-ditadura em que a esquerda não tenha ficado em uma das duas primeiras posições nas eleições aqui [em São Paulo].
José Roberto de Toledo, colunista do UOL

Para Toledo, a divulgação de um laudo médico falso do psolista por Marçal é uma estratégia do ex-coach para igualar a rejeição do oponente à do ex-coach. Boulos tem uma rejeição de 38%, e Marçal de 53%.

Mesmo [o laudo] tendo sido claramente falso, ele [Marçal] vai ter inoculado no Boulos um vírus para aumentar rejeição do Boulos. Na eleição de segundo turno, a gente sabe que é uma eleição de rejeição. De quem você gosta menos, é disso que se trata, não de quem você gosta mais. Você vai votar contra aquele que você não quer que seja eleito.

Eu acho muito difícil o Marçal mudar a taxa de rejeição dele. Pode diminuir um pouco. Se ele passar no segundo turno, vai ter mais tempo de televisão, pode se pintar de bom moço. Mas não acredito que vá diminuir muito.

Aí a única alternativa para ele é tentar transformar a rejeição do adversário em algo tão alto quanto a dele. Daí essa tática desesperada de inventar um monte de mentiras sobre o adversário.
José Roberto de Toledo, colunista do UOL

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