Fogo no Copan assustou: o histórico de SP com incêndios trágicos
A cidade de São Paulo tem um histórico de tragédias causadas por incêndios. Na quinta-feira (3), chamas atingiram o edifício Copan, um dos mais emblemáticos da cidade. O fogo ocorreu entre o 18º e o 22º andar, nas juntas de dilatação do prédio, e foi controlado rapidamente pelos bombeiros.
Relembre outros casos de incêndios que marcaram a história da capital paulista.
Estação da Luz
Em 6 de novembro de 1946, um incêndio, supostamente criminoso, atingiu e destruiu parcialmente o prédio da estação da Luz, no centro da capital paulista. A estação só foi reinaugurada em 1951.
Teatro Oficina
Em 31 de maio de 1966, um incêndio destruiu o teatro, localizado na região central da cidade. Um curto-circuito provocou as chamas, que destruíram quase todo o edifício do grupo teatral. O teatro foi reerguido no ano seguinte, conforme concepção dos arquitetos Flávio Império (1935-85) e Rodrigo Lefèvre (1938-84).
Andraus
Em 24 de fevereiro de 1972, o sistema elétrico do edifício Andraus teve uma sobrecarga. As chamas atingiram cinco prédios vizinhos e o incêndio causou a morte de 17 pessoas.
Joelma
Na manhã de 1º de fevereiro de 1974, o edifício, localizado na região central da capital paulista, pegou fogo —o que causou a morte de 188 pessoas. Um ar-condicionado no 12º andar sofreu um curto-circuito. O fogo se alastrou pelos andares superiores do prédio, onde estavam mais de 750 pessoas naquele momento. Hoje, o Joelma chama-se edifício Praça da Bandeira.
Grande Avenida
Em 14 de fevereiro de 1981, o edifício Grande Avenida, na avenida Paulista, sofreu um incêndio de grandes proporções, que causou a morte de 17 pessoas e deixou outras 53 feridas. A causa, de acordo com os peritos do Instituto de Criminalística, foi um curto-circuito na rede elétrica, ocorrido a partir de uma fiação solta no forro, além de inúmeras falhas nas instalações do edifício.
Cine Belas Artes
Em 24 de abril de 2004, um dos complexos de cinema mais famosos da capital paulista foi atingido por um incêndio. Uma das salas do Cine Belas Artes, na região central, ficou parcialmente destruída e a fumaça deixou uma pessoa intoxicada. Um erro de funcionários causou o incêndio. Eles instalavam carpetes usando um produto que liberava um gás inflamável.
Teatro Cultura Artística
Em 17 de agosto de 2008, um incêndio destruiu as duas salas de espetáculos do Teatro Cultura Artística, na região central de São Paulo. Ninguém ficou ferido.
Instituto Butantan
Em 15 de maio de 2010, o fogo consumiu parcialmente o local que abrigava coleções zoológicas no Instituto Butantan, na zona oeste de São Paulo. Segundo laudo do IC (Instituto de Criminalística), o incêndio foi acidental. Na ocasião, foi destruída parte do acervo de 85 mil cobras e 450 mil aranhas e escorpiões, reunida em um século de pesquisas.
Memorial da América Latina
Em 29 de novembro de 2013, um incêndio destruiu o auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo. As chamas, que consumiram cadeiras, carpetes, forrações acústicas e o palco, deixaram ao menos 24 bombeiros feridos.
Liceu de Artes e Ofícios
Em 4 de fevereiro de 2014, um curto-circuito causou um incêndio que danificou 30 réplicas de esculturas da Grécia Antiga e Renascimento que estavam no centro cultural do Liceu de Artes e Ofícios, no centro de São Paulo. Ninguém ficou ferido.
Museu da Língua Portuguesa
No final de dezembro de 2015, o Museu da Língua Portuguesa, que fica na Estação da Luz, pegou fogo e um bombeiro morreu. As chamas começaram no fim da tarde e foram controladas rapidamente, mas o local ficou destruído e fechado por um longo período para a reforma.
Edifício Wilton Paes de Almeida
Um prédio de 24 andares, ocupado por 150 famílias, desabou na madrugada do dia 1º de maio de 2018, após um incêndio. A tragédia deixou sete mortos e dois desaparecidos.