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Rússia destruiu maior parte da infraestrutura em Pokrovsk, diz autoridade local

Anastasiia Malenko;

Reuters, de Kiev

04/10/2024 09h56

A Rússia derrubou cerca de 80% da infraestrutura vital na cidade de Pokrovsk, um importante centro de logística no leste da Ucrânia, à medida que as tropas de Moscou avançavam, disse uma autoridade local na sexta-feira.

Serhiy Dobriak, chefe da administração militar de Pokrovsk, afirmou que as forças russas estavam a cerca de 7 km da cidade, que fica em um cruzamento de estradas e uma ferrovia, o que a torna um importante ponto de logística para os militares e civis na região de Donetsk.

As forças russas concentraram alguns de seus ataques mais pesados nas últimas semanas em Pokrovsk, o que poderia permitir a consolidação e o avanço da linha de frente na região.

"O inimigo está nos deixando sem energia, sem água, sem gás. Está nos preparando para o inverno, por assim dizer", disse Dobriak na televisão nacional.

Cerca de 13.050 residentes permanecem na cidade, e as autoridades ucranianas estão dando continuidade a um plano de retirada que já está em andamento há algumas semanas. Há apenas um mês e meio, a cidade abrigava mais de 48.000 pessoas, afirmou ele.

A Rússia continuou a bombardear a cidade na quinta-feira, lançando um total de nove bombas planas e ferindo quatro pessoas em dois ataques que danificaram a infraestrutura, disse Dobriak.

Segundo ele, os ataques diários tinham como alvo instalações de energia e outras infraestruturas vitais. Quase metade de Pokrovsk, 10 vilarejos próximos e uma cidade menor ficaram sem energia, disse, acrescentando que a infraestrutura de energia era "quase impossível de ser consertada".

Ele avaliou o nível de destruição em cerca de quatro quintos da infraestrutura crítica da cidade.

A Rússia nega ter como alvo a infraestrutura civil.

Mais de 31 meses após a invasão em grande escala da Rússia, as forças ucranianas estão na defensiva e Kiev ordenou a retirada de suas tropas de Vuhledar, outra cidade no leste. O principal comandante de Kiev ordenou esta semana o reforço das defesas na frente oriental.

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