'Procure emprego melhor': ex-CEO da Starbucks é condenado por ameaça
Howard Schultz, que foi CEO da Starbucks, violou as leis trabalhistas dos Estados Unidos. A decisão foi tomada pelo Conselho Nacional de Relações Trabalhistas na última quarta-feira e ainda cabe recurso.
O que aconteceu
Assédio moral a funcionário. O motivo foi o fato dele, em 2022, ter ofendido Madison Hall, atendente de uma loja na Califórnia: "se você não está feliz na Starbucks, pode trabalhar para outra empresa".
"Raiva no rosto". Conforme a decisão, em segunda instância, a frase dita por Schultz foi considerada uma ameaça coercitiva e ilegal. Ao responder o funcionário, o CEO teria demonstrado uma "expressão de raiva no rosto".
CEO visitava restaurante. O caso aconteceu durante uma visita de Schultz à loja em Long Beach. Hall tentou falar sobre a importância da sindicalização da Starbucks, quando recebeu a resposta do CEO.
"Nosso foco continua sendo treinar e dar suporte aos nossos gerentes para garantir o respeito aos direitos de nossos parceiros de se organizar e continuar a progredir em nossas discussões com a Workers United", disse um porta-voz da empresa em uma declaração publicada pela CNN.
Saída da empresa
Deixou o cargo, mas continua na companhia. Schultz anunciou sua saída da Starbucks em março de 2023 após sua terceira passagem pelo cargo. Apesar disso, ele segue vinculado à empresa, com cargo de "presidente emérito vitalício".
Problemas trabalhistas
Sindicalização e questões trabalhistas. A primeira loja da Starbucks a se sindicalizar foi a de Buffalo, em Nova York, em 2021. Desde então, a rede de cafeterias encarou diversas brigas trabalhistas. Em um dos casos mais famosos, que foi até a Suprema Corte norte-americana em junho deste ano, sete funcionários alegaram terem sido demitidos por terem se sindicalizado. No entanto, a Justiça deu vitória para a rede de cafeterias.
Justiça exige fim de ameças. Na decisão desta semana, a Justiça ordenou que a Starbucks cessasse a ameaça de demissão a funcionários por atividades sindicais. Também foi cobrado um aviso nas lojas sobre os direitos dos empregados.