Hamas contesta alegação de rapto e afirma que saída de mulher yazidi de Gaza foi voluntária
O grupo islâmico Hamas rejeitou o que chamou de "falsa narrativa e história fabricada" sobre uma mulher yazidi que Israel disse ter libertado na Faixa de Gaza em uma operação secreta envolvendo Israel, os Estados Unidos e o Iraque.
A mulher, que autoridades israelenses afirmaram ter sido levada cativa quando tinha 11 anos e vendida a um membro do Hamas, nunca foi raptada ou vendida, e deixou a Faixa de Gaza com o conhecimento das autoridades do Hamas, afirmou o gabinete de comunicações do governo do enclave, administrado pelo grupo.
O órgão afirmou que a mulher de 25 anos, identificada como Fawzia Sido, foi casada com um palestino que lutava ao lado das forças de oposição na Síria quando foi morto. Ela depois se mudou para viver com a sua mãe na Turquia, antes de viajar para o Egito, onde continuou vivendo com a sua madrasta e depois entrou ilegalmente no enclave.
Anos após se mudar para a Faixa de Gaza, ela se casou com o irmão de seu marido, antes de ele ser morto durante a atual ofensiva israelense, afirmou o Hamas.
"Ela solicitou contato com a sua família porque se sentiu crescentemente insegura na Faixa de Gaza, em meio aos intensos bombardeios e aos ataques brutais da ocupação israelense. Ela pediu para ser retirada dali, especialmente depois de seu marido ser martirizado", afirmou o gabinete de imprensa de Gaza.
"A mulher yazidi deixou as instalações do governo para sair por conta própria, com o conhecimento da família de seu falecido marido e do governo palestino. A ocupação não a 'resgatou', e alegou isso falsamente em comunicado para enganar a opinião pública", acrescentou.
Na quinta-feira, o setor militar israelense afirmou ter coordenado com a embaixada norte-americana em Jerusalém e "outros atores internacionais" uma operação para libertar Sido.