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Bolsa e dólar oscilam com chance de menor corte de juro nos EUA

do UOL

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL

04/10/2024 10h12Atualizada em 04/10/2024 11h15

A Bolsa de Valores de São Paulo oscila nesta sexta-feira (04). Por volta de 11h, o Ibovespa passou a cair menos, registrando baixa de 0,04%, indo a 131.613 pontos. O mercado repercute a criação de vagas acima do esperado nos Estados Unidos e as tensões no Oriente Médio.

O dólar também perdeu um pouco a força de alta, e subia 0,05%, indo a R$ 5,476. O dólar turismo ia a R$ 5,70.

O que está acontecendo?

Importante para dimensionar o corte de juros nos EUA, a criação de vagas foi de 254 mil em setembro. O total foi bem melhor do que o esperado, que era de 150 mil postos de trabalho. Em agosto, haviam sido 159 mil novos postos, conforme valor revisado.

O dado é significativo pois afasta qualquer temor de recessão nos EUA. E empurra o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para um corte de 0,25 pontos em novembro. Os juros americanos são relevantes para o mercado brasileiro, pois quanto menores as taxas lá, mais dólares vem para cá. E isso ajuda o real a se valorizar e a diminuir a inflação.

Quanto menor o corte, pior para o Brasil. Por isso, a Bolsa cai e o dólar sobe nesta sexta-feira.

Por que o petróleo não está subindo?

Após subir mais de 5% nesta quinta-feira, as cotações do petróleo estão mais comportadas. Sobem abaixo dos 0,30%. A disparada de ontem, entretanto, não se compara ao que aconteceu em 2022.

Quando, no início daquele ano, a Rússia invadiu a Ucrânia, o barril do tipo Brent chegou ao pico de US$ 122 em maio. Isso por conta das sanções ocidentais contra o Kremlin, segundo maior produtor mundial. Até mesmo em 2024, em abril, após o primeiro ataque do Irã contra Israel, o Brent chegou a US$ 90. Mas, atualmente, o preço do barril está em US$ 77.

O que contém essa alta é a economia mundial, em especial a chinesa. A maioria das nações adotou, nesse cenário pós-pandemia, uma política de juros altos, o que esfria a demanda por petróleo.

O consumo vem caindo, principalmente na China, que vê sua atividade economia esfriando cada dia mais. E isso segura a cotação do barril. Tanto é que os preços estão atualmente no menor nível dos últimos três anos.

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