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Morre Saturnino Braga, 1º prefeito eleito do Rio após redemocratização

Saturino Braga, ex-prefeito do Rio de Janeiro - Reprodução
Saturino Braga, ex-prefeito do Rio de Janeiro Imagem: Reprodução
do UOL

Manuela Rached Pereira

Do UOL, em São Paulo

03/10/2024 11h26

O ex-prefeito do Rio Roberto Saturnino Braga morreu nesta quinta-feira (3), aos 93 anos. A informação foi confirmada por sua filha pelas redes sociais.

O que aconteceu

Saturnino estava internado com um quadro de pneumonia. Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, ele chegou ao CTI do Hospital Pró-Cardíaco, na zona sul do Rio, na última sexta-feira (27), e estava recebendo cuidados paliativos.

"Meu pai faleceu", escreveu a filha de Saturnino pelas redes sociais. Maria Adelia confirmou a morte do pai por meio de um comentário em seu perfil de Instagram. Viúvo, ele deixa outros dois filhos, Bruno e Antonio Frederico.

Primeiro prefeito eleito

Saturnino foi o primeiro prefeito eleito diretamente na cidade após a redemocratização. Elegeu-se pelo PDT em 1986 e geriu a prefeitura até 1988. No período, enfrentou grandes dificuldades financeiras, que o levaram a declarar a falência do município.

Político vinha de família influente no cenário político fluminense. Filho de Francisco Saturnino Braga, deputado federal por três mandatos, ele entrou para a política em 1963, como deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, numa coligação formada por PSB, MTR e PST. Com a ditadura civil-militar e a posterior instauração do bipartidarismo, ingressou no MDB, mantendo a sua atuação no Legislativo.

Foi senador pelo Rio de 1975 a 1985, ano em que seguiria novos rumos na política. Em 1986, conquistou a eleição com quase 40% dos votos válidos. Com a prefeitura endividada, foi surpreendido por uma decisão do Banco Central que proibiu novos empréstimos, declarando a falência do município.

Após quatro anos, retornou à política como vereador do Rio de Janeiro. Em 1992, foi convidado por Jorge Roberto Silveira, prefeito de Niterói, para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Permaneceu no cargo até 1998, quando foi eleito novamente para o Senado, posto no qual encerrou sua carreira política.

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