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OPINIÃO

Tales: Pressão de Tarcísio a Bolsonaro sugere saída de votos bolsonaristas

do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

02/10/2024 12h58

A pressão feita por Tarcísio de Freitas (Republicanos) para que Jair Bolsonaro entre na campanha de Ricardo Nunes (MDB) para a Prefeitura de São Paulo indica um possível vazamento de votos bolsonaristas para Pablo Marçal (PRTB), afirmou o colunista Tales Faria no UOL News desta quarta (2).

Hoje, o governador de São Paulo se reuniu com o ex-presidente em Guarulhos. No cardápio do café da manhã, Tarcísio insistiu para que Bolsonaro grave vídeos ao lado de Nunes. Outros líderes políticos e religiosos também fizeram apelos semelhantes, mas que não foram atendidos até o momento.

Isso só faz sentido se realmente eles estiverem olhando as pesquisas internas deles e vendo que há uma grande saída de votos bolsonaristas do Nunes para o Marçal, com o risco de ele tomar o lugar do prefeito [em um eventual segundo turno].

Isso não é de todo descartável. Há uma polêmica entre o [pastor Silas] Malafaia e o Nikolas [Ferreira, deputado federal (PL-MG)] nas redes sociais porque o Nicolas declarou apoio ao Marçal, e Malafaia o está xingando de tudo quanto é coisa.

Se um bolsonarista de carteirinha e abraçado pelo Bolsonaro várias vezes, como o Nikolas, está indo para o Marçal, quantos bolsonaristas estão fazendo o mesmo? Tales Faria, colunista do UOL

Para Tales, a crescente insistência de Tarcísio para que Bolsonaro se envolva mais na campanha de Nunes demonstra a real preocupação dos aliados do prefeito com a debandada de votos para Marçal, o que embolaria a disputa por uma vaga no segundo turno.

Havendo esse movimento, só há uma explicação. Estão detectando um vazamento grande do voto bolsonarista para o Pablo Marçal. Isso é um perigo para o Nunes no segundo turno. Tales Faria, colunista do UOL

Estrategista de Tabata minimiza impacto de ação por voto útil em Boulos

O manifesto de artistas e intelectuais por voto útil em Guilherme Boulos (PSOL) não terá efeito tão decisivo sobre o resultado da eleição para a Prefeitura de São Paulo, disse Pedro Simões, estrategista de campanha de Tabata Amaral (PSB), em entrevista ao UOL News.

A minha aposta é que não, até por que tem uma conexão no manifesto de intelectuais e artistas pelo voto útil e a principal mensagem, o principal objetivo dele declarado. É ter um candidato progressista no segundo turno. Não é um manifesto que fala sobre ganhar eleição, e não me parece que é por acaso.

É mais difícil propor o voto útil para um candidato que as pesquisas mostram que perde no segundo turno. Parece um pouco uma vitória de turno. Ninguém fala naquela carta de 'vamos eleger um candidato progressista'. Fala-se de tê-lo presente no segundo turno. Isso naturalmente levanta no próprio eleitor um questionamento natural de qual é a utilidade desse voto.

Estamos falando aqui de uma coisa meramente simbólica. Não é muito fácil mobilizar eleitores para uma coisa que não é exatamente uma vitória e ganhar a eleição, que não vai definitivamente mudar a vida do eleitor em São Paulo. Não acho que é uma coisa que vai fazer tanta diferença nesse momento. Pedro Simões, estrategista de campanha de Tabata Amaral (PSB)

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