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Veja quem são os candidatos a prefeito de Goiânia em 2024

Ao todo, sete pessoas concorrerem à Prefeitura de Goiânia nestas eleições - Reprodução
Ao todo, sete pessoas concorrerem à Prefeitura de Goiânia nestas eleições Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL*, em São Paulo

02/10/2024 18h09

As campanhas para as eleições municipais estão na reta final, com o primeiro turno marcado para o dia 6 de outubro.

A seguir, confira, em ordem alfabética, quem são os candidatos à Prefeitura de Goiânia nas Eleições 2024.

Adriana Accorsi (PT)

Adriana Accorsi  - Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados - Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Dep. Delegada Adriana Accorsi (PT-GO), candidata de Lula para eleições do município de Goiânia
Imagem: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Adriana Accorsi, 51, tenta pela terceira vez o posto de prefeita de Goiânia. Em 2014, ela foi eleita como deputada estadual e permaneceu no cargo até 2022, quando foi eleita deputada federal. Ela participou de comissões como a de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

Ela é filha do professor e ex-prefeito de Goiânia Darci Accorsi, formada em direito e delegada. A candidata se formou pela UFG (Universidade Federal de Goiás) e é especialista em segurança pública e ciências criminais. Ela foi delegada titular na delegacia de proteção à criança e ao adolescente por oito anos e ainda foi a primeira mulher a ocupar o cargo de delegada geral da Polícia Civil de Goiás.

Recebeu apoio do presidente Lula (PT) durante a corrida eleitoral deste ano. "A Adriana é uma menina extraordinária. Sinceramente, acho que o povo de Goiânia pode fazer uma aposta extraordinária numa mulher competente", disse ele em entrevista à rádio Difusora Goiânia.

Fred Rodrigues (PL)

Fred Rodrigues - Reprodução/Alego - Reprodução/Alego
Fred Rodrigues, candidato de Bolsonaro para a prefeitura de Goiânia
Imagem: Reprodução/Alego

Fred Rodrigues, 39, está se formando em direito pela PUC e já foi deputado estadual pelo PL. Ele tentou ingressar na política em 2020, quando concorreu a vereador de Goiânia. No entanto, foi classificado como inapto por irregularidades na apresentação de contas. A vitória veio nas eleições de 2022, como deputado estadual.

Ele é o autor de projeto que transforma leitura da Bíblia no Legislativo em patrimônio. A proposta visa reconhecer que leitura de trecho do livro sagrado no início das sessões do Legislativo seja Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial Goiano. A normativa ainda requer a permanência do crucifixo nas repartições públicas. Para a campanha deste ano, ele ainda trouxe o slogan "Deus, Pátria e Família".

Recebeu o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Uma secretaria técnica para bem administrar o município e, juntos, trabalharmos para que em 2026 a direita, os conservadores voltem ao poder", disse Bolsonaro em vídeo publicado nas redes sociais do candidato.

Sandro Mabel (União Brasil)

sandro mabel - Sergio Lima/Folhapress - Sergio Lima/Folhapress
Sandro Mabel entrega o cargo, e Michel Temer (PMDB) perde o quarto assessor especial
Imagem: Sergio Lima/Folhapress

Sandro Mabel, 65, é o candidato para prefeito mais rico das eleições de 2024. Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, que considerou municípios com mais de 200 mil eleitores, Mabel fica em primeiro lugar no ranking. Ao TSE, ele declarou ter R$ 313.405.916,29 de patrimônio. Entre eles estão nove apartamentos e duas casas.

Tem uma longa carreira na política, vencendo sua primeira eleição em 1990. O primeiro cargo foi de deputado estadual. Em 1995 foi eleito deputado federal, cargo que ocupou novamente entre 2003 e 2015, com duas reeleições.

Ele é autor de lei que regulamenta a terceirização de serviços em empresa. Criticado por centrais sindicais, mas apoiado por grande parte do empresariado nacional, o PL 4330/2004 permite que empresas terceirizem não só atividades-meio (funções de apoio ao negócio central da empresa, como limpeza e vigilância), mas também as atividades-fim (por exemplo, a fabricação de carros, no caso de uma montadora).

Mabel já foi suspeito de envolvimento em esquemas de corrupção. Ele foi suspeito de participação no escândalo do Mensalão — no qual foi absolvido pela Câmara — e suspeita de participação em um esquema conhecido como "golpe da creche", que consistia na nomeação de funcionários-fantasmas para pagamentos irregulares de auxílio-creche e de vale-transporte.

Matheus Ribeiro (PSDB)

Matheus Ribeiro - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Matheus Ribeiro trabalhou em afiliada da Globo
Imagem: Arquivo pessoal

Matheus Ribeiro, 31, ganhou projeção em Goiás ao ser âncora da TV Anhanguera, afiliada da Globo no estado. Formado em jornalismo, foi o primeiro apresentador assumidamente gay a apresentar o Jornal Nacional em 2019. Ribeiro deixou a afiliada da Globo em 2020, quando migrou para a Record em Brasília. Em 2021, ele foi contratado pela TV Goiânia Band até deixar as telinhas para se dedicar à política.

Ele se filiou ao PSDB em 2022, quando disputou uma vaga como deputado federal por Goiás. Na ocasião, ele não se elegeu, mas teve mais de 46 mil votos e conseguiu a vaga de primeiro suplente do partido na Câmara dos Deputados. O jornalista justificou sua escolha pelos tucanos por ser uma sigla "que se movimenta pela renovação, para abrir espaço para novas ideias, novas pessoas, para se reinventar".

Ele recebeu apoio do ex-governador e presidente estadual do PSDB, Marconi Perillo. O político afirmou que Ribeiro "não está preparado só para governar, mas para dar uma cara nova a Goiânia". Se for eleito, o tucano será o primeiro político assumidamente gay e também o mais jovem a liderar a capital goiana.

Professor Pantaleão (UP)

Professor Pantaleão  - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Professor Pantaleão está concorrendo à Prefeitura de Goiânia
Imagem: Reprodução/Instagram

Reinaldo Asis Pantaleão, 74, é professor aposentado formado em história. Em entrevista ao Jornal Opção, que tem sede em Goiânia, ele afirmou que está envolvido com a política desde os 13 anos. Ele disse ter participado ativamente pelos direitos civis durante a ditadura militar, ocupando o cargo de primeiro-secretário no comitê goiano pela anistia. Nas redes, ele se apresenta como "lutador das causas sociais e pelo socialismo".

Ele participa das eleições desde 2006. Até 2018 era filiado ao PSOL, quando concorreu ao cargo de deputado federal. Já em 2020 fez a primeira eleição na UP, concorrendo a governador. Até hoje, no entanto, não foi eleito.

Ele não recebeu doação para a campanha. Segundo dados do TSE, ele não recebeu receita nem mesmo de fundo partidário.

Rogério Cruz (Solidariedade)

Rogério Cruz - Divulgação - Divulgação
Rogério Cruz assumiu a prefeitura após morte de candidato eleito
Imagem: Divulgação

Rogério Cruz, 58, já foi prefeito de Goiânia. Nascido em Duque de Caxias (RJ), Rogério fez política em Goiânia. Ele foi eleito vereador pelo PRB em 2012 e reeleito em 2016. Assumiu como prefeito suplemente em 2020, quando o candidato Maguito Vilela (MDB) contraiu covid-19 e teve que ser internado em um hospital em São Paulo para tratamento. Vilela não resistiu e morreu em janeiro de 2021, quando Cruz assumiu definitivamente o posto.

Ele tem passagens pela Record TV. Formado em gestão pública, o também radialista chegou a dirigir rádios da emissora em alguns estados brasileiros e até no exterior. Em Moçambique e Angola, foi diretor-executivo do grupo. Ele morou na África por 16 anos, até que voltou ao Brasil no final de 2009. No ano seguinte, foi trabalhar na capital goiana, onde foi diretor-executivo das rádios da Record.

Em quatro anos, ele aumentou patrimônio em quase 2.000 vezes. Ele declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 160,9 mil nestas eleições. No entanto, quando foi eleito vice-prefeito, em 2020, seus bens somavam, ao todo, R$ 81,39 —o que representa um aumento de capital de 1.997 vezes, segundo levantamento da Agência Estado.

Vanderlan Cardoso (PSD)

Vanderlan Cardoso - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Vanderlan Cardoso disputa a Prefeitura de Goiânia
Imagem: Reprodução/Facebook

Vanderlan Cardoso, 61, é empresário, tendo trabalhado no ramo da indústria alimentícia antes da política. Ele se candidatou à Prefeitura de Senador Canedo (GO) em 2004 e conseguiu ser reeleito em 2008. Tentou o governo de Goiás e a Prefeitura nos anos posteriores, mas perdeu as eleições. Ele só retomou ao cargo público em 2018, quando foi eleito senador pelo Estado.

Foi presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática. Ele atuou implementando emendas ao projeto de Lei 2.338/2023, que regulamenta o uso da inteligência artificial no Brasil. Uma das normativas aprovadas é a identificação de conteúdos que sejam gerados por IA.

Ele já sinalizou ser contra a legalização dos jogos de azar no país. "Sou totalmente contra a aprovação desse projeto por vários motivos, e um deles é porque conheço o mal que os jogos causam nas famílias. Já vi famílias inteiras destruídas por causa dos jogos de azar", disse ele.

*Com informações da Agência Estado

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