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Biden e Kamala visitam regiões devastadas pelo furacão Helene

02/10/2024 17h01

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a vice-presidente Kamala Harris visitaram nesta quarta-feira (2) áreas devastadas pelo furacão Helene, onde milhares de socorristas se juntaram aos esforços para resgatar e ajudar os milhões de atingidos pela tempestade.

Biden voou para os estados das Carolinas do Norte e do Sul, enquanto Kamala esteve na Geórgia, um dia depois de seu rival eleitoral, o republicano Donald Trump, tentar transformar a gestão do desastre em munição para a campanha.

Na Carolina do Sul, Biden se reuniu com equipes locais que o informaram sobre os imensos esforços de resgate e reconstrução, nos quais participam mais de 10.000 funcionários federais, socorristas e a Guarda Nacional.

Helene causou chuvas torrenciais, fortes ventos e inundações que deixaram pelo menos 159 mortos em seis estados do sudeste dos Estados Unidos.

Depois, o presidente sobrevoou de helicóptero a cidade de Asheville, na Carolina do Norte, onde observou a devastação: pontes desmoronadas, lagos cheios de escombros, edifícios destruídos e estradas arrasadas.

O secretário de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, que viajava com o presidente, descreveu Helene como uma tempestade de "força histórica" que provocou inundações calamitosas em cidades e comunidades montanhosas remotas.

"Temos vilarejos que desapareceram, literalmente", disse. "Esta é uma recuperação bilionária e de vários anos."

- Vilarejos isolados -

Biden anunciou o envio de até mil soldados ao estado da Carolina do Norte para reforçar a resposta à emergência nas comunidades devastadas.

"Esses soldados vão acelerar a entrega de suprimentos vitais de alimentos, água e medicamentos a comunidades isoladas na Carolina do Norte", disse o presidente em um comunicado.

"Estamos aqui por vocês e permaneceremos aqui todo o tempo que for necessário", acrescentou.

Kamala, que substituiu Biden como candidata democrata para as eleições de 5 de novembro, viajou separadamente para o estado da Geórgia, no sul, outro que foi muito afetado.

Lá, ela visitou um centro de operações em Augusta, onde elogiou o trabalho dos socorristas.

"Isso realmente representa o melhor que cada um de nós sabe que pode ser feito, especialmente quando coordenamos recursos locais, estaduais e federais para atender às necessidades das pessoas que precisam ser atendidas, que precisam ser ouvidas", disse Kamala.

Depois, a vice-presidente se reuniu com os moradores de um bairro de Augusta devastado pela tempestade, com escombros espalhados pelas ruas e árvores caídas, inclusive sobre uma casa.

A Carolina do Norte e a Geórgia são dois dos sete estados-pêndulo que provavelmente decidirão o resultado das eleições americanas. A votação antecipada já começou em vários estados.

A Casa Branca anunciou nesta quarta-feira que Biden também viajará para a Flórida, onde a tempestade tocou o solo na semana passada como furacão de categoria 4, e para a Geórgia na quinta-feira, para visitar as comunidades afetadas.

As enchentes provocadas pelo furacão Helene causaram uma enorme devastação na região dos Montes Apalaches, deixando cidades e vilarejos isolados.

Uma grande operação de busca estava em andamento no estado do Tennessee perto do rio Nolichucky, que atingiu níveis recordes.

"Ainda há pessoas desaparecidas", disse o governador Bill Lee em coletiva de imprensa.

- 'Está mentindo' -

As visitas de Biden e Kamala ocorrem um dia depois que os candidatos à vice-presidência, o republicano J.D. Vance e o democrata Tim Walz, se enfrentaram em um debate surpreendentemente civilizado, o último antes do dia das eleições.

Ambos reconheceram ter pontos em comum em vários temas, incluindo a situação dos afetados pela tempestade. Vance disse: "Queremos uma resposta federal o mais sólida e agressiva possível para salvar o maior número de vidas possível."

Mas o ex-presidente republicano Trump já havia tentado obter ganhos eleitorais do desastre anteriormente, acusando o governo, sem provas, de ignorar a crise e negar ajuda a seus apoiadores.

Em resposta às acusações, Biden disse a jornalistas na segunda-feira que Trump estava "mentindo" e qualificou seus ataques de "irresponsáveis".

A tempestade política em torno do furacão Helene ocorre enquanto Biden e Kamala enfrentam uma série de crises a apenas um mês das eleições, entre elas o agravamento da situação no Oriente Médio, onde o Irã disparou mísseis contra Israel, depois que este último ampliou suas operações militares no Líbano.

A Casa Branca também tenta resolver uma greve de trabalhadores portuários americanos que ameaça a economia do país, um tema importante antes das eleições.

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© Agence France-Presse

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