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Rússia está preparada para confronto longo com EUA, diz diplomata sênior

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Joe Biden - Angela Weiss e Alexey Druzhinin/AFP
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Joe Biden Imagem: Angela Weiss e Alexey Druzhinin/AFP

01/10/2024 08h11Atualizada em 01/10/2024 08h30

MOSCOU (Reuters) - A Rússia precisa se preparar para um longo confronto com os Estados Unidos e tem enviado repetidos avisos a Washington sobre a crise nas relações, disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, na terça-feira.

A guerra na Ucrânia, que já dura 2 anos e meio, desencadeou o mais grave confronto entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba de 1962 - considerada a mais próxima que as duas superpotências da Guerra Fria chegaram de uma guerra nuclear intencional.

O conflito está entrando no que as autoridades russas dizem ser a fase mais perigosa até o momento. Há meses, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, vem pedindo aos aliados de Kiev que permitam que a Ucrânia dispare mísseis ocidentais de longo alcance nas profundezas da Rússia para limitar a capacidade de Moscou de lançar ataques.

Ryabkov, que supervisiona o controle de armas e as relações com Washington, disse que Moscou não tem ilusões sobre as relações, dado o "consenso bipartidário anti-russo" nos Estados Unidos.

"Precisamos nos preparar para um confronto de longo prazo com esse país. Estamos prontos para isso em todos os sentidos", declarou Ryabkov, segundo a agência de notícias estatal RIA.

"Estamos enviando todos os sinais de alerta ao nosso adversário para que ele não subestime nossa determinação", disse Ryabkov.

Na semana passada, o presidente Vladimir Putin advertiu o Ocidente de que a Rússia poderia usar armas nucleares se fosse atingida por mísseis convencionais e que Moscou consideraria qualquer ataque a ela apoiado por uma potência nuclear como um ataque conjunto.

(Reportagem da Reuters)

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