Marçal diz que será 'livramento' se não for eleito

Candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) disse nesta terça (1º) não acreditar em derrota na eleição, mas que um fracasso nas urnas seria um "livramento".

O que aconteceu

"Se o povo virar as costas para o que eu estou fazendo, vai ser um livramento da minha vida", disse. "Se [o eleitor] não virar [as costas], será a maior missão da minha vida até aqui, nos meus 37 anos. Mas, se virar, vai ser um grande livramento. Não tem derrota na minha cabeça".

Pesquisa Quaest divulgada nesta segunda (30) mostra o empresário empatado na liderança com Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). Nunes tem 24%, Boulos tem 23% e Marçal, 21%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Marçal chamou a imprensa para anunciar mais dois nomes para um eventual secretariado. Ele divulgou a ex-jogadora de vôlei e candidata a vereadora de São José dos Campos (SP) Patrícia Borges (União) para o Esporte, e a economista Selene Peres Nunes para a Gestão. "A única Nunes que estará na prefeitura no ano que vem", brincou o candidato, em referência ao rival Ricardo Nunes.

Empresário disse que não está selecionando por gênero, mas que seu secretariado talvez tenha maioria de mulheres. Elas são "mais competentes, mais delicadas e biologicamente mais inteligentes", disse. Marçal pena para crescer entre o eleitorado feminino, no qual tem a maior rejeição: 53% dizem que jamais votariam nele.

Marçal disse que "mulher não vota em" mulher, porque mulher é inteligente". Declaração aconteceu durante o debate UOL/Folha, nesta segunda (30).

Ele afirmou que a declaração foi distorcida e que a imprensa fez um "corte" de sua fala. "Eu sou o rei do corte na internet e vocês [imprensa] são os reis do corte na notícia, você cortou a notícia", declarou. "A mulher tem que votar em quem ela quiser. E o fato é, ela hoje, nas pesquisas, não vota em mulher."

Para ele, prova da inteligência da mulher é a baixa intenção de voto em Tabata Amaral (PSB). A candidata, que Marçal chamou de "garota", aparece com 11% das intenções de voto na última Quaest. "Quando eu falo que a mulher é inteligente, não é opinião, é biologia. Biologicamente, a mulher processa mais pensamentos", falou. "Ou seja, ela é inteligente o suficiente para não cair na ladainha da esquerda e votar em uma garota."