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Marçal repete tática de dizer número errado de Boulos, que o corrige

do UOL

Do UOL, em São Paulo

30/09/2024 13h01

Pablo Marçal (PRTB) repetiu a tática de dizer o número errado de Guilherme Boulos (PSOL) na urna, que o corrigiu na manhã desta segunda-feira (30) no debate UOL e Folha de S.Paulo à Prefeitura de São Paulo.

O que aconteceu

Ex-coach citou o número do PT ao se referir à candidatura do adversário nas eleições. "Eu quero te pedir, antes de digitar o 13, que você está doido para fazer isso em São Paulo, digite o 28. Olha, tenha aquele momento íntimo comigo ali, respira bem fundo, siga seu coração e confirma", disse Marçal, em um pedido de voto ao eleitor. Ele já havia adotado a mesma tática no debate do último sábado (28) da TV Record.

"Quem votar no 13 vai anular o voto", advertiu Boulos. Ele também criticou a postura do rival. "O desespero do Marçal é tão grande na reta final que ele tenta criar confusões. O nosso número é 50, apoiado pelo PT, apoiado pelo presidente Lula", reforçou o psolista.

Debate foi marcado por referências a "Deus", drogas e machismo. Boulos virou alvo principal de Marçal e de Ricardo Nunes (MDB). O ex-coach perguntou a Boulos diretamente se ele nunca havia feito uso de drogas. O psolista respondeu que experimentou maconha na adolescência, uma única vez, e disse nunca ter usado cocaína.

Marçal foi o primeiro a invocar Deus no debate. "Derrubaram as minhas redes sociais, mesmo assim as ondas continuaram, porque aí vem uma onda de perseguição e tudo, como diz a Bíblia, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo seu propósito", disse.

Nunes aproveitou para entrar no assunto, mas em tom de crítica. "Pablo Henrique, essa coisa de querer falar de religião é muito ruim. Sabe o que fica feio pra você? Você ir lá na Assembleia de Deus, falar com um grande líder, e depois ficar apostando que ele apoia você e não te apoia. Ficar mentindo, isso é ruim", afirmou.

Tabata afirmou que não gosta de fazer política em nome de Deus. "Sabe por que eu não fico esbravejando sobre a minha fé? Porque eu não preciso. A relação que eu tenho com Deus é com Deus, é com a minha comunidade, é com a minha igreja", afirmou.

Marçal, que sugeriu nomear Tabata secretaria, caso eleito, foi machista ao dizer que "mulher não vota em mulher". Primeiro, ele disse que a candidata do PSB esbravejava como "tia de colégio". "Se mulher fosse votar em você, você ganharia no primeiro turno. Mulher não vai votar em mulher, mulher é inteligente. Ela tem sabedoria. Se fosse isso, pobre votava em pobre, negro ia votar em negro."

* Participaram desta cobertura: Ana Paula Bimbati, Anna Satie, Bruno Luiz, Caíque Alencar, Fabíola Perez, Herculano Barreto Filho, Laila Nery, Lorena Barros, Rafael Neves, Saulo Pereira Guimarães, Wanderley Preite Sobrinho, do UOL, em São Paulo, e Letícia Polydoro, colaboração para o UOL

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