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Brasil vai às urnas para eleições em clima de Lula x Bolsonaro

30/09/2024 18h17

SÃO PAULO, 30 SET (ANSA) - Mais de 155 milhões de eleitores serão chamados às urnas no próximo domingo (6) para o primeiro turno das eleições municipais no Brasil, que elegerá prefeitos e vereadores em 5.569 municípios.   

Embora disputas por prefeituras sejam tradicionalmente dominadas por questões do dia a dia dos cidadãos, o pleito será um teste para a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na primeira metade de seu mandato, mas também para o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), que tenta mostrar que, mesmo inelegível até 2030, ainda é capaz de direcionar o debate político.   

Os olhares estarão voltados sobretudo a São Paulo, onde o deputado Guilherme Boulos (Psol), pupilo de Lula, desafia o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição com apoio de Bolsonaro. No entanto, a disputa na maior metrópole do Brasil tem as atenções monopolizadas por outro candidato: o influenciador e coach de extrema direita Pablo Marçal (PRTB), bolsonarista que angariou popularidade e rejeição igualmente grandes ao bombardear rivais com acusações disparatadas e ofensas, o que lhe rendeu uma cadeirada do adversário José Luiz Datena (PSDB) em um debate na TV.   

As pesquisas apontam um empate técnico entre Nunes e Boulos, mas Marçal aparece logo atrás, com chances de chegar ao segundo turno em sua primeira eleição.   

No Rio de Janeiro, as pesquisas apontam para uma reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD), que conta com apoio de Lula, mas Bolsonaro ainda tenta emplacar seu candidato Alexandre Ramagem (PL), aliado próximo da família e pivô do escândalo de suposta espionagem ilegal contra opositores no governo do ex-presidente.   

Já em Porto Alegre, cidade devastada por inundações em maio passado, o prefeito Sebastião Melo (MDB) parece ter conseguido passar imune à tragédia e lidera as pesquisas, com a petista Maria do Rosário e Juliana Brizola (PDT) em seu encalço.   

As urnas ficarão abertas das 8h às 17h, e 103 municípios com mais de 200 mil habitantes poderão ter segundo turno em 27 de outubro se nenhum candidato a prefeito alcançar mais da metade dos votos válidos. (ANSA).   

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