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Quem é a primeira-dama de João Pessoa presa em operação da PF na Paraíba

Lauremília ao lado do marido Cícero Lucena e do filho Mersinho Lucena - Reprodução/Instagram/@auremilialucena
Lauremília ao lado do marido Cícero Lucena e do filho Mersinho Lucena Imagem: Reprodução/Instagram/@auremilialucena
do UOL

Do UOL, em São Paulo

28/09/2024 14h19

Primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena foi presa na manhã deste sábado (28) em uma operação da Polícia Federal na capital paraibana.

Quem é Lauremília Lucena

Maria Lauremília Assis de Lucena é esposa do prefeito Cícero Lucena (PP), que busca a reeleição em João Pessoa. Ela é mãe do deputado federal Mersinho Lucena (PP) e de Janine Lucena, que ocupa o cargo de secretária executiva de saúde na gestão do pai.

Atual primeira-dama da capital nasceu em Sousa, no sertão da Paraíba. Durante a sua trajetória na política paraibana, Lauremília ocupou a função de presidente municipal do PSDB. Em 2023, o seu nome foi ligado à presidência do diretório do PDT no estado.

Lauremília foi vice-governadora entre 2003 e 2006, na gestão de Cássio Cunha Lima (PSDB). Ela foi a primeira mulher a exercer esse cargo no estado.

A primeira-dama participa da coordenação do gabinete de Cícero Lucena. O atual prefeito de João Pessoa também já foi governador da Paraíba de 1994 a 1995 e senador de 2007 a 2015.

Primeira-dama presa

Lauremília foi alvo de mandado de prisão preventiva em operação que apura suspeita de aliciamento violento de eleitores. Seu marido, o prefeito Cícero Lucena (PP), é candidato à reeleição em João Pessoa.

A prisão da primeira-dama faz parte da 3ª Fase da Operação Território Livre. A Polícia Federal cumpre dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão após decisão da Justiça Eleitoral.

Lauremília é suspeita, segundo a PF, de indicações para cargo na prefeitura em troca facilidade de acesso a comunidades da capital. De acordo com a investigação, a primeira-dama tinha contatos com pessoas ligadas ao crime organizado e que possuem controle de bairros periféricos de João Pessoa.

Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, secretária de Lauremília, também foi presa. Há ainda outros dois mandados de busca e apreensão.

Prefeito chama prisão de ataque covarde e brutal. Em nota, Cícero Lucena afirma que a operação de hoje foi "recentemente denunciada no plenário da Câmara dos Deputados pela deputada federal Eliza Virgínia, que alertou publicamente sobre o uso político de instituições com o objetivo de influenciar a campanha eleitoral em João Pessoa".

Trata-se de uma prisão política. Lauremília tem residência fixa e jamais se recusaria a prestar depoimento ou esclarecer quaisquer fatos. Houve o uso de força desproporcional, já que ela sequer foi convocada para prestar depoimento. Claramente, os adversários de Cícero estão utilizando todos os meios para conquistar o poder a qualquer custo, sem respeito à sua família ou à cidade de João Pessoa.
Nota da assessoria de Cícero Lucena (PP)

Vereadora foi presa na 2ª fase da operação. No dia 19, a Polícia Federal prendeu Raíssa Lacerda (PSB), então candidata à reeleição. Segundo a PF, a vereadora é suspeita de integrar um esquema criminoso para coagir moradores a votarem em determinados candidatos. A defesa de Raíssa nega e ela se diz "alvo de perseguição". Ela renunciou à tentativa de reeleição.

Mais problemas na família. Além de Raissa, a filha de Lucena e Lauremília é investigada por suposto ela com lideranças da a facção Okaida. Nesse caso, a apuração é de outra operação, a Mandare, também da PF.

Conversa interceptada. No dia 19, o UOL revelou diálogos dela com um líder do grupo, que pedia ajuda de custo e melhores empregos públicos para familiares.

PT e PL unidos. Por conta das supostas relações, os opositores do prefeito se uniram e pediram, juntos, a presença de tropas federais na eleição de João Pessoa —o que não foi aceito pela Justiça Eleitoral.

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