Furacão John deixa oito mortos em sua passagem no sul do México
A passagem do furacão John, que atingiu duas vezes a costa mexicana do Pacífico, provocou oito mortes, todas no estado de Guerrero (sul), o mais afetado pelo fenômeno, informou, neste sábado (28), o governo mexicano.
As autoridades confirmaram mais três mortes, que se somam às cinco vítimas confirmadas até quinta-feira num primeiro balanço.
"Lamentamos a perda de oito pessoas devido aos deslizamentos de terra causados pelas intensas chuvas", informou o presidente Andrés Manuel López Obrador na rede social X.
A mídia local relata pelo menos mais quatro mortes em Guerrero e um número semelhante em Oaxaca (sul) e Michoacán (oeste). No entanto, eles não foram confirmados pelas autoridades federais.
John atingiu a costa de Guerrero na noite de segunda-feira como um poderoso furacão de categoria 3 na escala Saffir-Simpson (de um máximo de 5).
O fenômeno enfraqueceu em terra, mas os seus remanescentes regressaram ao Pacífico e recuperaram a força do furacão na quinta-feira, antes de voltarem a entrar no estado de Michoacán (oeste).
Guerrero foi o mais afetado, em particular o balneário de Acapulco, que em outubro de 2023 foi destruído pelo Otis, que entrou como furacão de categoria 5 e deixou dezenas de mortos e desaparecidos.
Neste distrito, marcado por elevados níveis de pobreza, foram destacados cerca de 18 mil agentes, incluindo militares e pessoal de resgate.
Mais de 5.000 pessoas que ficaram presas em áreas de alto risco foram resgatadas e mais de 3.800 estavam em abrigos, de acordo com um relatório federal da Proteção Civil.
Embora as chuvas tenham parado, Acapulco continuou a ter várias de suas ruas inundadas neste sábado, enquanto seus moradores aguardavam a chegada do auxílio emergencial ou percorriam o porto com os poucos pertences que conseguiram tirar de suas casas.
O fenômeno finalmente dissipou-se, embora as autoridades mexicanas mantenham a vigilância tanto no Pacífico como no Atlântico devido à possibilidade de novos ciclones nos próximos dias.
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© Agence France-Presse