França se opõe a qualquer operação militar terrestre no Líbano
O chefe da diplomacia francesa expressou neste sábado (28) sua preocupação com a situação no Líbano. O representante de Paris pediu novamente o fim imediato da ofensiva israelense e se opôs a qualquer tipo de operação militar terrestre no país.
O ministro das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, conversou com Najib Mikati, primeiro-ministro do Líbano, na tarde de sábado, de acordo com o Quai d'Orsay, sede da diplomacia francesa. Segundo nota oficial, Barrot expressou "a extrema preocupação da França com os acontecimentos das últimas horas no Líbano".
O chefe da diplomacia francesa reiterou que a França continua "se opondo a qualquer operação terrestre no Líbano". Paris "pede o fim imediato dos ataques israelenses no Líbano e condena qualquer ação indiscriminada contra civis", declarou o Quai d'Orsay em comunicado à imprensa. Paris também "pede que os outros participantes, em particular o Hezbollah e o Irã, se abstenham de qualquer ação que possa levar a mais desestabilização e conflagração regional".
As autoridades francesas "estão em contato com as autoridades libanesas e com os parceiros da França na região para evitar esse surto", acrescentou o Ministério das Relações Exteriores da França, pedindo que as partes "exerçam a máxima contenção".
Morte de Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah
A situação segue instável na região. Pela manhã, o exército israelense indicou ter realizado novos e intensos bombardeios contra dezenas de alvos do grupo xiita Hezbollah no leste e no sul do Líbano, inclusive na periferia da capital Beirute.
Israel afirma que o principal chefe do movimento armado libanês, Hassan Nasrallah, foi "eliminado", bem como vários outros altos dirigentes. A informação foi confirmada no início da tarde pelo Hezbollah.
Na noite de sexta para sábado, o exército israelense diz ter atingido mais de 140 alvos no sul e no leste Líbano, inclusive na capital Beirute. Já o Hezbollah anunciou ter lançado foguetes contra o norte de Israel, em resposta, segundo o grupo, "aos ataques bárbaros de Israel contra cidades e civis".
Uma fonte de segurança relatou na noite de sábado um ataque israelense a um armazém próximo ao aeroporto de Beirute, adjacente à fortaleza do Hezbollah nos subúrbios ao sul de Beirute.
(Com agências