Ataques russos contra hospital em Sumy matam 9, afirma Kiev
KIEV (Reuters) - A Rússia atacou neste sábado um hospital em Sumy, no nordeste da Ucrânia, matando nove pessoas e ferindo pelo menos outras 19, disseram autoridades ucranianas e da Organização das Nações Unidas (ONU).
Danielle Bell, chefe da Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU na Ucrânia, disse que drones atingiram o Hospital Clínico Saint Panteleimon, em dois ataques separados por 45 minutos.
"A maioria das fatalidades ocorreu durante o segundo ataque, efetivado quando os primeiros socorristas chegaram e os pacientes tentavam deixar o local", disse.
A Prefeitura de Sumy informou que 22 pessoas procuraram ajuda médica e 20 foram classificadas como feridas nos ataques, que danificaram nove prédios altos, além do próprio hospital.
No fim deste sábado, no horário local, o website da Prefeitura informou que 14 pessoas estavam internadas, seis delas em estado grave.
Bell contou que esteve em Sumy na semana passada, após um ataque mortal a um centro geriátrico em 19 de setembro, quando pelo menos um civil foi morto e 13 ficaram feridos, e lembrou de um ataque em 13 de agosto a outro complexo hospitalar na cidade.
"As instalações médicas são protegidas pelo direito internacional humanitário e têm direito a proteção especial. Elas não devem ser objeto de ataque", afirmou, acrescentando que 33 civis foram mortos e 132 ficaram feridos na cidade de Sumy e na região ao redor desde 6 de agosto.
O hospital compartilhou uma foto em sua página no Facebook mostrando uma das vítimas, a enfermeira Tatiana Tikhonova, mãe de duas filhas.
(Reportagem especial de Emma Farge em Genebra e Elaine Monaghan)
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