Tabata sobre segundo turno em SP: 'Não vou em palanque de ninguém'
Questionada sobre quem apoiaria em um eventual segundo turno, Tabata Amaral (PSB) disse nesta sexta (26) que não subirá em palanque de ninguém.
O que aconteceu
Sobre seu voto no segundo turno, Tabata diz que vai escolher o "menos pior". A deputada do PSB disse, porém, que espera que paulistanos votem nela por convicção. "Mas, se Deus me livre e guarde, eu tiver que votar em outra pessoa, vou votar no menos pior." As declarações foram dadas no podcast Flow.
Ela reafirmou que não vai estar em palanque de ninguém no segundo turno, porque não está participando da disputa "para fazer teatro". Tabata ainda disse que está inconformada em "ter que votar no menos pior há tanto tempo" e considera a sua candidatura uma oportunidade. "Então vou votar com convicção e espero que as pessoas façam a mesma coisa."
Não vou ser secretária de ninguém. Não vou estar em palanque de ninguém. Não vou integrar governo de ninguém, porque eu não estou fazendo um teatrinho — os meus adversários estão. Não acho que eles serão bons prefeitos para São Paulo. Tabata Amaral, candidata à Prefeitura
'Deep fake' de pornografia
Ela relembrou o momento em que seu rosto foi usado em vídeos falsos. Com a técnica "deep fake", criminosos criaram vídeos que simulam pornografia com o rosto da parlamentar. "Eu estou todos os dias recebendo na internet imagem pornográfica minha, produzida com inteligência artificial." Ela diz que a Justiça brasileira não está preparada para lidar com a inteligência artificial. "[A Justiça] deixa as imagens circularem. Não toma nenhuma decisão."
"O Judiciário não está pronto para lidar nem com rede social, nem com internet, nem IA, nem com robô, nem com nada." Para Tabata, quem se beneficia com a suposta falta de preparo da Justiça é Pablo Marçal — que, segundo ela, continua usando dinheiro vivo para comprar impulsionamentos de maneira ilegal nas plataformas da Meta.
No mesmo podcast, a parlamentar lembrou alguns casos de violência contra a mulher. Ela citou o áudio em que o deputado cassado Arthur Do Val diz que as mulheres ucranianas "são fáceis, porque são pobres" e o recente episódio que envolve acusações de assédio sexual contra o ex-ministro Silvio Almeida. "Nos dois casos me posicionei, assédio, violência contra a mulher pra mim é papo reto."