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Na véspera de completar 90 anos, Brigitte Bardot não pede presente, mas respeito aos animais

27/09/2024 12h46

A atriz francesa e ícone do cinema mundial Brigitte Bardot completa 90 anos neste sábado (28). A estrela, que leva uma vida discreta e longe do público, aproveita a data para reforçar a sua luta em favor dos animais. Com a fundação que tem seu nome, B.B., como é conhecida, pretende continuar esse combate até o fim, como escreve em uma carta aberta endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta sexta-feira (27). 

Nascida em 28 de setembro de 1934, a protagonista do filme "E Deus criou a mulher", dirigido por Roger Vadim em 1956, até hoje é lembrada e celebrada no mundo inteiro como um símbolo da feminilidade e da beleza nas telas internacionais. "Eu fico muito feliz de chegar a uma idade assim canônica", disse recentemente em entrevista ao jornal Le Parisien. "Para mim, todos os dias são iguais. Eu vejo o tempo passar e acho que isso é muito bom", completa a diva do cinema.  

Há mais de 50 anos, a estrela viveu por alguns meses em Búzios, no Rio de Janeiro, de onde diz ainda guardar boas recordações. Desde que deixou as telas de cinema, Bardot se tornou uma ferrenha defensora dos animais e vive praticamente reclusa na Madrague, sua casa em Saint-Tropez.

Ela admite "fugir da humanidade" e diz se interessar sobretudo à natureza. Na véspera de completar nove décadas de vida, ela não pede nenhum presente, apenas que os avanços alcançados em décadas de luta contra os maus tratos aos animais não sejam destruídos.  

Em entrevista à revista Gala, publicada às vésperas de seu aniversário, ela afirma que "hoje em dia é mais rebelde do que antes". A atriz se diz preocupada com a situação do ambientalista Paul Watson, conhecido defensor de baleias que foi preso.  

"Se sobrasse apenas uma luta para simbolizar o meu compromisso com os animais, certamente seria aquela contra o massacre das focas", escreve Brigitte Bardot na carta endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.  

No texto, a atriz elogiou a adoção, em 2009, do regulamento europeu sobre o comércio de produtos derivados de focas, o que considera "uma grande vitória, não pessoal, mas face a esta loucura humana de querer encontrar, mesmo nos locais mais remotos, seres sencientes mais isolados para massacrá-los". 

A história de Brigitte Bardot, considerada como uma das mulheres mais bonitas do mundo, é relembrada em uma série recente da Netflix, em que o espectador revive o início de sua carreira e suas aventuras amorosas. Também acompanha sua predileção pela praia de Saint-Tropez, no sul da França, e o começo de sua luta pela defesa dos animais e do planeta.  

Na véspera de seus 90 anos, Brigitte Bardot, que se veste de preto há muitos anos, diz não querer recomeçar esta mesma luta. "Sei que a Comissão reabriu o debate sobre o regulamento europeu que protege várias centenas de milhares de focas todos os anos dos golpes de porretes que lhes destroem os crânios antes de serem esfoladas, vivas, para abastecer o mercado de peles", alerta, ainda, a atriz.

"Como a UE poderia voltar atrás?", pergunta, acrescentando que seria "contraditório" e "implausível" rever o regulamento atual, que "salva a vida de mais de 300.000 focas todos os anos". 

"Qual será o próximo passo? Questionar a regulamentação europeia sobre a importação e comércio de peles de cães e gatos?", pergunta Bardot. A atriz encerra a carta com um pedido: "não nos decepcione", escreve.  

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