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Bolsa sobe e dólar passa a cair após corte de juros na China

do UOL

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL

27/09/2024 10h19Atualizada em 27/09/2024 11h27

A Bolsa de Valores de São Paulo abriu esta sexta-feira (27) oscilando bastante, mas depois do anúncio de corte de juros na China, o Ibovespa firmou em alta. Por volta de 11h, o índice subia 0,31%, indo a 133.419 pontos. O mercado também repercute a inflação americana e o desemprego no Brasil.

O dólar, que iniciou o dia em alta, mudou de sinal e passou a cair 0,05%, indo a R$ 5,446. O dólar turismo ia a R$ 5,65.

O que está acontecendo?

O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou há pouco cortes de juros em outro conjunto de medidas para estimular a economia. O BC chinês cortou em 20 pontos-base (pb) as taxas de juros de curto prazo, reduzindo os custos de empréstimo.

Esse conjunto de medidas não vai fazer a China ter outro boom de construção civil, como já aconteceu antes. "Os prédios já estão construídos. Mas vai ajudar a economia local a ter um pouso suave, evitando uma crise", diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master. Numa análise rápida, o Bank of America (BofA) resumiu que primeiro o Fed salvou a Bolsa brasileira, com o "rally" de alta provocado pela expectativa de corte de juros em setembro. Agora é a vez da China.

O movimento é bom para o preço dos produtos básicos, como o minério de ferro. Com isso, o preço do minério de ferro continua subindo, o que beneficia as ações da Vale (VALE3), com peso de 11,32% no Ibovespa. No começo das negociações, o papel subia para R$ 64,72, com alta de 0,73%.

Nos EUA

A inflação americana veio próxima à meta do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em agosto. O Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal, PCE em inglês, a medida de inflação oficial do Fed, subiu 0,1% no mês, colocando a taxa de inflação de 12 meses em 2,2%.

Esses números aumentam as apostas de mais cortes agressivos nas taxas de juros dos Estados Unidos. No dia 18, o Fed baixou a taxa em 0,50 ponto percentual. Agora, espera-se que ele repita a dose em novembro.

Desemprego

Aqui, a taxa de desemprego recuou para 6,6% no trimestre finalizado em agosto. É o menor nível de desocupação de toda a série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), coletada desde 2012, para o período.

E a abertura de vagas formais de emprego no Brasil acelerou para 232 mil em agosto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em julho, o número havia sido de 188 mil postos formais, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego.

Os dois dados reforçam as apostas do mercado de uma elevação mais intensa da Selic. A ideia seria segurar a inflação, já que a população teria mais poder de compra.

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acelerou a 0,62% em setembro, após ter ficado em 0,29% em agosto. O dado da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que a inflação está em 4,53% nos últimos 12 meses. O resultado veio acima das expectativas, que eram de 0,49%.

De olho na bandeira

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulga a cor da bandeira tarifária para outubro. Não há horário confirmado para o anúncio.

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