Turquia expressa apoio ao Líbano em meio a ataques israelenses
ANCARA (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores da Turquia disse nesta quarta-feira ao ministro correspondente libanês que Ancara está ao lado do Líbano, contra os ataques de Israel que miram o grupo militante Hezbollah no país, informou uma fonte diplomática turca.
Membro da Otan, a Turquia denunciou a devastadora ofensiva militar de Israel em Gaza, desencadeada pelo ataque transfronteiriço do grupo militante palestino Hamas em 7 de outubro do ano passado.
A Turquia suspendeu todo o comércio com Israel e solicitou a participação em um caso de genocídio contra Israel na Corte Internacional de Justiça. Israel afirma que as acusações de genocídio não têm fundamento.
O presidente Tayyip Erdogan também condenou os ataques israelenses ao território libanês, que, segundo Israel, têm como alvo os combatentes e a infraestrutura do Hezbollah. Ele exigiu medidas internacionais para interromper a guerra de Israel em Gaza e o fogo transfronteiriço com o Hezbollah.
Em uma reunião paralela à Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, disse a Abdallah Bou Habib, do Líbano, que os ataques de Israel no Líbano eram "inaceitáveis" e tinham como objetivo "arrastar a região para o caos", de acordo com a fonte diplomática turca.
Bou Habib agradeceu a Fidan por um carregamento turco de medicamentos que chegou ao Líbano nesta quarta-feira, acrescentou a fonte, e também informou Fidan sobre os últimos acontecimentos no Líbano.
Separadamente, Fidan disse em uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G20 em Nova York que não estava claro se o fogo transfronteiriço entre Israel e o Hezbollah se espalharia ainda mais.
Fidan também reiterou o pedido de longa data de Ancara para reformar o Conselho de Segurança da ONU para torná-lo "totalmente eficaz", acrescentando que a Turquia quer ver uma estrutura na qual "o veto de um país não determina o destino de outro", acrescentou a fonte.
Os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e o Reino Unido são os membros permanentes e com direito a veto do Conselho de Segurança. Há 10 membros não permanentes que cumprem mandatos de dois anos.
(Reportagem de Tuvan Gumrukcu)
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