Papa Francisco condena ataques 'inaceitáveis' no Líbano
VATICANO, 25 SET (ANSA) - O papa Francisco chamou de "inaceitável" a recente onda de ataques israelenses contra o Líbano e cobrou empenho da comunidade internacional para conter a escalada da tensão no Oriente Médio.
"Estou triste pelas notícias que chegam do Líbano, onde intensos bombardeios nos últimos dias provocaram muitas vítimas e destruições", disse o líder da Igreja Católica, que sempre dedicou espaço ao país durante seus discursos, ao fim da audiência geral desta quarta-feira (25).
"Espero que a comunidade internacional faça todos os esforços para frear essa terrível escalada. É inaceitável. Expresso minha solidariedade ao povo libanês, que já sofreu demais no passado recente", afirmou o Papa, que também pediu orações para "todos os povos" que enfrentam guerras.
"Não esqueçamos da martirizada Ucrânia, de Myanmar, da Palestina, de Israel e do Sudão. Todos povos martirizados", declarou.
A fronteira entre Líbano e Israel, onde atua o movimento xiita Hezbollah, é palco de tensões desde o início da atual guerra da Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023. No entanto, a situação se agravou há cerca de uma semana, quando explosões coordenadas de pagers e walkie-talkies atribuídas pelo Hezbollah a Israel deixaram dezenas de mortos no Líbano.
Nos dias seguintes, as Forças de Defesa Israelenses (IDF) lançaram diversos bombardeios contra o sul do país, o Vale do Beqaa e zonas da capital Beirute onde estariam escondidos mísseis do grupo xiita.
O balanço de quase uma semana de ataques no Líbano é de cerca de 600 mortos, incluindo dezenas de crianças e mulheres, mas também comandantes de alto escalão do Hezbollah, além de milhares de feridos.
Diversos países, como Estados Unidos, Rússia e Líbano, pediram que seus cidadãos deixem o Líbano imediatamente.
Já o grupo xiita disparou nesta quarta um míssil terra-terra em direção a Tel Aviv, mas o projétil foi interceptado sem deixar vítimas. De acordo com o Hezbollah, o alvo era o quartel-general do serviço de inteligência israelense Mossad.
(ANSA).
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