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Marçal diz que clima agressivo ajuda o eleitor e não se compromete a mudar

Pablo Marçal em entrevista ao SP1 da TV Globo - TV Globo/Bob Paulino
Pablo Marçal em entrevista ao SP1 da TV Globo Imagem: TV Globo/Bob Paulino
do UOL

Do UOL, em São Paulo

25/09/2024 12h34Atualizada em 25/09/2024 13h10

O candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) disse, em sabatina no SP1, da TV Globo, que o clima agressivo de sua campanha ajuda o eleitor a escolher o candidato e não se comprometeu a mudar de atitude.

O que aconteceu

Questionado se sua agressividade ajuda o eleitor a escolher seu candidato, Marçal disse: "Acredito, sim". E afirmou que seus adversários têm espaço no horário eleitoral gratuito e em inserções na TV e rádio, enquanto ele não tem. "Quando vou falar, sou interrompido", disse, em referência às advertências que recebeu no último debate e que o levaram a ser expulso.

Perguntado pelo apresentador Alan Severiano se se compromete a mudar, respondeu: "Depende". Na sequência, elencou reclamações sobre as regras do debate realizado no Flow e disse que não teve a oportunidade de perguntar para o candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB). Na semana passada, Marçal havia dito, no debate do SBT, que mudaria seu comportamento, porém voltou a ser agressivo dias depois.

Marçal declarou que foi expulso do debate no Flow News "com alegria". "Fui [expulso] com alegria, não me arrependo nunca de ser expulso." Na ocasião, o apresentador do debate, Carlos Tramontina, interrompeu Marçal por três vezes para adverti-lo por chamar o prefeito Nunes de bananinha.

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Pablo Marçal, no SP1

Provocações ao governo de São Paulo

Marçal provocou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). "Não enterre sua carreira", disse ele ao governador, em referência ao apoio à reeleição de Nunes. Em seguida, o elogiou: "Respeito e gosto muito do Tarcísio". Mas, emendou: "Ele não é um cara apaixonado como eu pelo povo."

Sobre o presidente Lula (PT), disse que vai procurá-lo se for eleito. "Terá 208 chamadas no celular dele", afirmou. "Eu sou um republicano, não existe intolerância. (...) Em 2022, fiz duros ataques contra ele (...). Eleição é um tempo de guerra; acabou, tem de ir para o tempo de paz."

Marçal defende Avalanche

Marçal saiu em defesa de Leonardo Avalanche, presidente do PRTB flagrado em gravação afirmando ter ligação com o PCC. O apresentador lembrou que, após a revelação do áudio, o influenciador disse que Avalanche já estaria na cadeia se dependesse dele. Semanas depois, porém, apareceu ao lado de Avalanche dizendo que ele era "bem-vindo" em sua campanha.

O candidato explicou por que voltou atrás. Ele disse que se sentiu pressionado pela imprensa, mas que Avalanche "suportou todas as pressões para manter minha candidatura". "Eu percebi esse jogo. Não faz sentido criar ilações contra ninguém", afirmou. "Se ele cometeu qualquer crime, que pague".

Marçal também negou a acusação de que financiava apoiadores para impulsionar cortes nas redes sociais. A prática é proibida pela lei eleitoral. "Não teve [financiamento] para a campanha", disse ele, que teve conta nas redes sociais bloqueadas pela Justiça em razão de uma denúncia a respeito. "Acredito que foi desproporcional a decisão, continuo acreditando no judiciário", afirmou. Na segunda-feira (23), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo decidiu manter a decisão.

Críticas ao Bolsa Família

Marçal criticou o Bolsa Família, que chamou de "bolsa miséria". "Quero propor mudança de mentalidade. Se você eleitor mudar de mentalidade, não precisará de tutor. Precisamos emancipar esse povo", disse ele antes de negar a pretensão de cancelar o programa. "Você que precisa vai ter. Às vezes, a pessoa não quer mudar de mentalidade", disse.

Apesar de apresentar algumas propostas, Marçal não explicou como pretende tirá-las do papel ou o custo delas. Ele não esclareceu, por exemplo, quanto irá custar a proposta de dar um cheque moradia a pessoas que moram em casas de lata e madeira na capital paulista.

O candidato também reafirmou sua proposta de permitir que carros dobrem à direita. Embora popular no Estados Unidos, algumas cidades americanas começam a revogar a medida. Ele disse que a decisão é pontual porque "isso é liberado há décadas nos Estados Unidos". "[O trânsito] vai melhorar de 16% a 20%", afirmou. "A gente vai passar o primeiro ano conscientizando as pessoas [antes de implementar a medida]."

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