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Bolsa abre em alta com mais estímulos da China; dólar sobe

do UOL

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL

25/09/2024 10h16Atualizada em 25/09/2024 10h31

A Bolsa de Valores de São Paulo abriu esta quarta-feira (25) em elevação de 0,51%, com o Ibovespa indo a 132.830 pontos, com a China anunciando mais medidas para estimular a economia local.

O dólar iniciou o dia em alta de 0,18%, indo a R$ 5,473. O dólar turismo ia a R$ 5,67.

O que está acontecendo?

O Banco do Povo Chinês deu continuidade nesta madrugada ao anúncio de medidas para estimular a economia chinesa. Desta vez, diminuiu as taxas de empréstimos de um ano de 2,3% para 2%. A instituição, com todas as medidas tomadas até agora, espera liberar 1 trilhão de yuans (US$ 142 bilhões) na economia do país.

Isso continua estimulando os preços do minério de ferro. Pelo segundo dia consecutivo, os valores estão em alta. Os preços do petróleo, por sua vez, estão em baixa hoje.

A Bolsa de Shangai, na China, também continua no embalo. O pregão por lá fechou em alta de 1,16%.

A princípio, o Ibovespa deu um basta, por ora, na queda, segundo Fábio Perina, analista do Itaú BBA. "O risco de mais baixas aumenta se o índice voltar a negociar abaixo dos 130 mil pontos", publicou ele, em documento para investidores.

Aqui, a inflação perdeu força, segundo o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15). O índice, que é uma prévia da alta de preços de setembro, teve alta de 0,13%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Anteriormente, a variação havia sido de 0,19% dos preços em agosto. O índice acumula alta de 4,12% nos últimos 12 meses.

A expectativa do mercado era mais pessimista. Os especialistas previam aceleração para 0,28% em setembro.

No entanto, o Brasil teve déficit em transações correntes maior do que o esperado e investimentos diretos abaixo da previsão. As transações correntes registram a transferências de bens, serviços e as doações recebidas pelo país.

O déficit atingiu US$ 6,589 bilhões em agosto, com perdas acumuladas em 12 meses equivalentes a 1,75% do Produto Interno Bruto. Em agosto do ano passado as transações correntes haviam ficado negativas em US$ 969 milhões. As projeções eram de US$ 5,25 bilhões em agosto.

No mês, os investimentos diretos no país alcançaram US$ 6,104 bilhões. A expectativa era de US$ 7,5 bilhões. Os investimentos diretos no ano até agosto somam US$ 51,169 bilhões.

A dinâmica da conta corrente de curto prazo continua benigna, segundo uma análise do Goldman Sachs. "O grande superávit comercial e a taxa de câmbio efetiva real competitiva, devem mitigar o impacto da demanda externa mais fraca. No entanto, um ajuste fiscal profundo para reduzir a poupança altamente negativa do setor público continua sendo essencial, em nossa visão, para permitir um ajuste estrutural permanente da conta corrente e criar espaço para uma retomada do investimento sem piorar o saldo externo", publicou o banco americano.

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