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Assessores de Trump realizam encontros com diplomatas estrangeiros na ONU

25/09/2024 11h54

Por Gram Slattery e Simon Lewis

(Reuters) - Alguns dos assessores do candidato presidencial republicano, Donald Trump, estão se reunindo com autoridades estrangeiras nos bastidores da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), onde aliados dos Estados Unidos estão tentando entender o que uma vitória do ex-presidente na eleição de 5 de novembro significaria para a política externa norte-americana.

Não estava claro quem havia se encontrado ou planejava se encontrar com os assessores, nem o que eles planejavam discutir. Trump ocupou a Presidência de 2017 a 2021.

Ele não está participando das reuniões desta semana. Mas a possibilidade de que o ex-presidente - que cortou o financiamento dos EUA à ONU enquanto esteve no cargo - vença a eleição está muito presente na mente dos líderes e diplomatas reunidos em Nova York.

Seus assessores de política externa geralmente dizem que têm o cuidado de não promover políticas específicas em conversas privadas, nem entrar em qualquer conversa que possa ser vista como prejudicial para o governo do presidente dos EUA, Joe Biden.

Uma empresa fundada por Robert O'Brien, que atuou como quarto e último conselheiro de segurança nacional de Trump, ofereceu uma recepção para diplomatas estrangeiros de alto escalão na noite de segunda-feira em Manhattan, de acordo com uma pessoa com conhecimento do evento.

Mike Pompeo, que atuou como diretor da CIA e secretário de Estado no governo Trump, também deveria realizar uma recepção separada na noite de terça-feira, de acordo com duas fontes com conhecimento do evento, que pediram anonimato para falar sobre uma reunião privada.

A campanha, em resposta a um pedido de comentário, não abordou as reuniões entre autoridades estrangeiras e os assessores de Trump. Um representante de Pompeo não respondeu a um pedido de comentário.

Um ex-conselheiro de segurança nacional de Trump, que pediu anonimato para discutir conversas particulares, disse que estava recebendo até seis pedidos de reunião por dia de autoridades estrangeiras, muitas delas da Europa Central e Oriental.

Nas últimas semanas, Trump tem evitado encontrar líderes estrangeiros. Alguns assessores pediram que ele recusasse algumas reuniões para se concentrar na campanha e evitar manchetes negativas desnecessárias nos últimos dias da disputa eleitoral, segundo duas fontes familiarizadas com essas conversas.

O ex-presidente havia planejado se encontrar com o presidente polonês, Andrzej Duda, em um santuário católico polonês-americano ao norte da Filadélfia no fim de semana, mas a campanha de Trump cancelou o encontro.

Embora Trump tenha dito durante a campanha na semana passada que planejava se encontrar com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e que "provavelmente" se encontraria com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, nesta semana, essas reuniões ainda não aconteceram.

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