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Polícia localizou na zona leste último sinal de suspeito de atacar mulheres

Polícia identificou homem suspeito de atacar mulheres na zona leste de São Paulo  - Reprodução/Redes sociais
Polícia identificou homem suspeito de atacar mulheres na zona leste de São Paulo Imagem: Reprodução/Redes sociais
do UOL

Do UOL, em São Paulo

24/09/2024 19h49

O sinal do celular homem foragido suspeito de atacar mulheres em São Paulo foi captado no Jardim Elba, zona leste da capital.

O que aconteceu

Solirano de Araújo Sousa, suspeito de atacar mulheres e tentar arrastá-las para um carro na zona leste de São Paulo, foi visto pela última vez em 17 de setembro. A última vez que o sinal do seu celular foi captado pela polícia foi nas redondezas do Jardim Elba, comunidade na zona leste, no mesmo dia, segundo a polícia.

Homem entrou em contato com familiares por ligação. Ao UOL, o delegado Ricardo Salvatori, que investiga o caso, a família contou que Solirano entrou em contato no dia 17, por chamada, mas que não conseguiu tantas informações porque a ligação caiu.

Não houve mais movimentações bancárias. Ainda segundo a investigação, familiares checaram contas bancárias do homem e notaram que não houve movimentação desde o momento que a polícia começou a procurá-lo.

Polícia faz buscas em hospitais e necrotérios da região. Segundo o delegado, não há evidências sobre a morte do homem em um "tribunal do crime", mas nenhuma circunstância é descartada.

A hipótese veio à tona após teorias sobre a atuação de uma facção paulista para "vingar" as vítimas dos ataques. Conforme a cartilha do crime, delitos de razão sexual são punidos com a morte no chamado "tribunal do crime".

A reportagem não localizou a defesa de Solirano. O espaço segue aberto para manifestação.

Familiares descreveram o suspeito

Familiares do suspeito foram ouvidos. De acordo o delegado, a lesão na perna do homem teria acontecido no dia 14, após o suspeito ver uma viatura e tentar pular um muro — machucando a perna.

Parentes negaram histórico de crimes sexuais. De acordo com a polícia, as pessoas ouvidas pela investigação disseram desconhecer outros crimes cometidos por Solirano de caráter sexual. Os investigadores acreditam que o chamado "maníaco do carro" arrastaria as vítimas para o veículo para possíveis estupros.

Solirano seria dependente químico. No depoimento de familiares, diz o delegado, foi relatado que o suspeito é dependente químico e que sofria constantemente com a abstinência das substâncias.

"Pino de droga" foi encontrado em carro, diz polícia. A cápsula, utilizada para portar a droga, teria sido apreendida com a faca e roupas no veículo de Solirano, encontrado na quarta-feira (18) na região de Sapopemba.

Laudo pericial do carro é aguardado pela investigação. De acordo com Salvatori, foram colhidas impressões digitais no veículo, além de objetos.

Entenda o caso

Sete vítimas registraram boletins de ocorrência contra o homem, que ficou conhecido como "maníaco do carro" ou "maníaco da Mooca". Todos os casos ocorreram na zona leste da capital paulista. Segundo a SSP, o policiamento na região foi reforçado. O caso é investigado pelo 57º DP da Mooca.

Inicialmente, a polícia acreditava se tratar de um caso isolado de roubo tentado. Porém, após a repercussão das imagens nas redes sociais, mais mulheres procuraram a polícia para contar o que havia acontecido. O "maníaco" foi reconhecido por foto pelas vítimas.

De acordo com a polícia, o suspeito já respondeu por outros crimes anteriormente, como homicídio e roubo.

No primeiro caso que a polícia tomou conhecimento, uma jovem de 16 anos relatou o ataque em frente a uma escola na rua Manuel Onha, na Vila Oratório, zona leste. Na ocasião, ela disse que foi abordada na sexta-feira (13) por um homem que anunciou um "roubo" e a ameaçou. Contudo, a vítima conseguiu escapar e correr.

Na quinta-feira (19) a Polícia Civil divulgou fotos de Solirano e reforçou o canal de denúncias 181. A postagem, em vídeo, traz informações sobre como denunciar o paradeiro do homem e os canais oficiais em total sigilo.

Solirano teve prisão decretada pela Justiça. A polícia pediu a detenção dele na quarta-feira (18), após identificá-lo, e na quinta houve decisão favorável à prisão temporária.

A reportagem não localizou Solirano de Araújo Sousa. O espaço segue aberto para manifestação.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Caso tenha informações sobre o suspeito em questão, também há a possibilidade de contato pelo 181 — Disque Denúncia da polícia que não exige identificação.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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