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Preso por estuprar e matar mulher após ajudá-la a trocar pneu morre em SP

Rodrigo Pereira Alves tratava doença crônica grave e morreu em hospital de Botucatu - Reprodução
Rodrigo Pereira Alves tratava doença crônica grave e morreu em hospital de Botucatu Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em São Paulo

24/09/2024 17h24

O preso Rodrigo Pereira Alves, 42, condenado a mais de 40 anos pela morte e estupro da universitária Mariana Bazza, morreu em um hospital na manhã desta segunda-feira (23).

O que aconteceu

O custodiado tratava uma doença crônica grave em um hospital na cidade de Botucatu (SP). As informações são da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) de São Paulo.

Rodrigo Pereira Alves estava preso na penitenciária de Itaí. Segundo a SAP, ele vinha recebendo todo suporte de saúde para tratar a doença crônica grave e foi internado em um hospital de Itaí no dia 11 de setembro, até ser transferido para a unidade de Botucatu devido a progressão do quadro clínico detectado por meio de exames laboratoriais.

A pasta não detalhou qual foi a causa da morte. O governo paulista esclareceu que um boletim de ocorrência foi registrado. A família do preso foi devidamente informada da ocorrência do óbito pelo Serviço Social da Penitenciária de Itaí.

O homem havia sido condenado a 40 anos e dez meses de prisão em regime inicial fechado. Ele respondia pelos crimes de estupro, latrocínio e ocultação de cadáver cometidos contra a universitária Mariana Forti Bazza, que tinha 19 anos na época do crime, em setembro de 2019. O crime ocorreu na cidade de Bariri, no interior de São Paulo.

Relembre o caso

Mariana foi morta em 24 de setembro de 2019. Por volta das 8h, a universitária saía com uma amiga da academia que frequentava e percebeu que o pneu do seu carro estava murcho. Em um vídeo das câmeras de segurança do local, é possível ver Rodriguinho, como era conhecido Rodrigo Pereira Alves, se aproximando e oferecendo ajuda à vítima.

Fotografia ajudou a investigação da polícia. Enquanto ele trocava o pneu do carro, Mariana chegou a fotografá-lo e, numa rápida conversa por uma rede social, enviou a foto para seu namorado, Jéferson Viana, tenente da Marinha e que estava em Santos (SP) naquele momento.

Eles conversam e então Mariana dirige o carro até uma chácara em frente à academia, onde o autor dos crimes trabalhava como pintor. O veículo sai do local cerca de uma hora depois de entrar. No mesmo dia, a família de Mariana comunica o desaparecimento da universitária à polícia.

Na noite do dia 24, Rodriguinho é preso e confessa o crime. Ele apontou o local onde havia deixado o corpo da estudante, encontrado em um canavial no dia seguinte. Em audiência de custódia, ele voltou atrás, negou ser o autor do crime e disse que uma terceira pessoa estaria envolvida. A história foi classificada pela Polícia Civil de Bariri como fantasiosa. O suspeito teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça.

No início de outubro daquele ano, um laudo do IML (Instituto Médico Legal) de Araraquara (SP) confirmou que Mariana foi estuprada antes de ser morta asfixiada. O suspeito foi então denunciado por mais esse crime, já respondendo naquele momento por latrocínio, por ter roubado o carro da vítima, e ocultação de cadáver por esconder o corpo da jovem.

Ficha criminal

Rodrigo Pereira Alves tinha uma longa ficha criminal, a maioria em casos que envolvem violência contra mulheres. Em 2001, na zona leste de São Paulo, armado com uma faca ele atacou uma estudante, também de 19 anos, e por esse crime cumpriu 13 anos de cadeia.

Em janeiro de 2015, em Itápolis (SP), Rodrigo foi acusado de ter invadido a casa de mulher e mandou que ela ficasse nua. A vítima contou a polícia na época que Rodrigo ficava se encostando nela, depois pegou um computador da vítima e fugiu. Nesse caso, por falta de provas, ele foi absolvido.

No mesmo ano, em outubro, dessa vez Bariri (SP), uma mulher disse que Rodrigo se passou por instalador de cerca elétrica para entrar na casa dela. Dentro da casa, ele fez ameaças com uma faca e também fez com ela ficasse nua. Rodrigo foi acusado de roubar R$ 740 da vítima além de câmera fotográfica, um celular e um relógio.

Por esse crime, depois de ficar foragido por alguns meses, Rodrigo foi preso em fevereiro de 2016. Nesse caso, ele foi condenado a seis anos e cinco meses de prisão. Mas foi beneficiado com o direito a liberdade condicional.

Rodrigo também foi acusado tentativa de homicídio contra um policial civil. No caso de Mariana, a polícia encontrou no carro da vítima que estava de posse de Rodrigo, uma faca que havia sido furtada da chácara onde ele fazia "bico" de pintor.

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