Bolsa sobe e dólar cai com pacotão de estímulos da China
A Bolsa de Valores de São Paulo tem nesta terça-feira (24) uma alta de 1,06%. Depois do meio-dia, o Ibovespa ia a 131.955 pontos. O mercado repercute hoje o pacotão de medidas para estimular a economia na China. Influem também a alta do petróleo e a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.
O dólar estava em baixa de 1,31%, indo a R$ 5,463. O dólar turismo ia a R$ 5,70.
O que está acontecendo?
O Banco do Povo da China anunciou uma série de medidas de estímulo econômico nesta madrugada. O pacote inclui cortes de juros e novos financiamentos para a compra de ações. Houve também queda no juro para empréstimos hipotecários já existentes e providências para conter a crise imobiliária. A entrada mínima para a compra de um segundo imóvel, por exemplo, será reduzida de 25% para 15% do valor.
Pan Gongsheng, presidente do BC chinês, disse também que a instituição cortará a taxa de compulsório dos bancos. O objetivo é injetar mais liquidez na economia e reduzir os custos de empréstimos.
Por que isso é importante?
A China é a maior compradora de produtos de exportação do Brasil. Em 2023, o país exportou para o mercado oriental um valor recorde de US$ 105,7 bilhões. Se a economia chinesa vai bem, ela compra mais do Brasil e entram mais dólares aqui, o que ajuda a conter a inflação.
Além disso, algumas companhias da Bolsa, como a Vale (VALE3) são diretamente beneficiadas. O preço do minério de ferro já subiu mais de 6% em Singapura, o que ajuda os ativos da mineradora. Com isso, os papéis da Vale tinham alta expressiva de 4,66%, para R$ 60,21.
Petróleo
O preço do petróleo do tipo Brent passou dos US$ 75 por barril nesta terça-feira. O pacotão de incentivo chinês ajudou, assim como a escalada dos ataques de Israel ao Hezbollah. Também contou a aproximação do segundo grande furacão em duas semanas no Golfo do México.
As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) estavam em alta no horário. PETR3 ia a R$ 40,48, subindo 0,70%, enquanto PETR4 chegava a R$ 36,94, com elevação de 0,85%.
Ata do Copom
O aumento das projeções de inflação de médio prazo tornou o cenário à frente mais desafiador. É isso o que diz a ata divulgada nesta terça-feira. O colegiado do BC considera também que o forte ritmo de crescimento da atividade econômica torna mais difícil o processo de convergência da inflação à meta.
Na ata, o Copom evitou antecipar a intensidade dos próximos movimentos sobre a taxa Selic. Mas deixou a porta aberta para novas altas — o que é ruim para a Bolsa de Valores.
De olho em Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode se reunir hoje com representantes das agências de risco internacionais S&P e Moody's em Nova York. O objetivo é melhorar o grau de investimento do Brasil.
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