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Ministério Público denuncia deputado do PT por morte de jornalista no RJ

O deputado estadual Renato Machado (PT) - Reprodução/Instagram
O deputado estadual Renato Machado (PT) Imagem: Reprodução/Instagram
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/09/2024 16h22

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou o deputado estadual Renato Machado (PT-RJ) pelo assassinato de um jornalista em 2019.

O que aconteceu

Machado foi apontado como mandante do crime, segundo a denúncia do MP-RJ. Conforme o órgão, o petista foi o responsável por "planejar, determinar e dirigir a atividade criminosa" que resultou na morte do jornalista Robson Giorno, dono do jornal "O Maricá".

Além de Machado, a Promotoria também denunciou outras três pessoas pelo assassinato de Giorno: Rodrigo José Barbosa da Silva, Davi de Souza Esteves e Vanessa da Matta Andrade. Todos os denunciados respondem em liberdade.

Deputado teria encomendado a morte do jornalista por vingança, diz a denúncia. Segundo o Ministério Público, o político, que na época era presidente da Autarquia de Obras de Maricá, planejou a morte de Robson por se sentir ofendido com notícias reportadas pelo jornal da vítima de que o político teria uma relação extraconjugal com Vanessa, que, supostamente, estaria grávida dele.

Os executores do crime foram Rodrigo e Davi. Robson foi morto com seis tiros. O crime foi cometido na frente da esposa do jornalista.

A denúncia do MP-RJ foi entregue ao TJRJ que, se aceitar, tornará reu o petista e os outros denunciados. O UOL questionou o Tribunal de Justiça do Rio se a denúncia foi aceita e aguarda retorno.

Renato Machado já é réu por suspeita de corrupção. Em setembro, a Justiça do Rio aceitou denúncia contra ele por suspeita de desvio e lavagem de dinheiro na construção de obras públicas. O deputado é político influente em Maricá, além de ser pastor evangélico.

O UOL não conseguiu contato com a defesa de Renato e dos outros três citados. A reportagem também procurou o PT do Rio de Janeiro para pedir posicionamento. Em ambos os casos, o espaço segue aberto para manifestação.

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