Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'
A decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de reduzir suas taxas de juros é um "sinal muito positivo" para a economia americana, considerou nesta quinta-feira (19) a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
O Fed reduziu na quarta-feira suas taxas de juros pela primeira vez desde 2020, optando por um significativo corte de meio ponto percentual, para a faixa de 4,75-5,00% ao ano, a poucas semanas das eleições presidenciais nos Estados Unidos.
A medida "reflete a confiança do Fed de que a inflação cedeu e está a caminho da meta de 2% (anual), e os riscos relacionados à inflação foram significativamente reduzidos", expressou Yellen em um evento em Washington.
"Ao mesmo tempo, temos um mercado de trabalho que continua forte", acrescentou a secretário do Tesouro, que acredita que a economia dos Estados Unidos está passando por um pouso suave, como é conhecido o processo de moderação da inflação sem recessão.
Após o anúncio na quarta-feira, o candidato republicano à presidência para as eleições de 5 de novembro, o ex-presidente Donald Trump (2017-2021), sugeriu que o Fed está fazendo política com sua decisão.
"Acho que isso mostra que a economia está muito mal para reduzir tanto (as taxas), assumindo que não estejam fazendo política", disse Trump em comentários televisionados em Nova York. "A economia deve estar muito mal ou estão fazendo política. Uma coisa ou outra. Mas foi um grande corte", acrescentou.
O magnata é um defensor fervoroso das taxas baixas.
Sua rival democrata, a vice-presidente Kamala Harris, qualificou o anúncio como uma "boa notícia para os americanos", enquanto a Casa Branca considerou que a economia está em um "momento de progresso".
A redução dos juros torna os créditos mais baratos para pessoas e empresas, um fator positivo para o governo de Joe Biden e para Harris às vésperas das eleições.
O presidente do Fed, Jerome Powell, garantiu em coletiva de imprensa: "Não estamos servindo a nenhum político, a nenhuma figura política, a nenhuma causa".
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© Agence France-Presse
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