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Ministério da Agricultura prioriza controle de doença em plantações de cacau

19/09/2024 18h00

Brasília, 19 - O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart, informou a secretários do Consórcio da Amazônia Legal que a prioridade da pasta é combater e controlar a doença monilíase do cacaueiro (Moniliophthora roreri). "Nossa expectativa é conter a dispersão até que a pesquisa e a ciência desenvolvam um protocolo de manejo adequado. Caso o fungo se espalhe, estaremos preparados para conviver com ele, evitando que ocorra o que aconteceu com a vassoura-de-bruxa no sul da Bahia, anos atrás", afirmou Goulart, em reunião com os secretários do Consórcio da Amazônia Legal, região produtiva da amêndoa.De acordo com Goulart, o controle da praga é feito em conjunto com os órgãos de defesa agropecuária estaduais. "A monilíase é um fungo que leva anos para ser erradicado. O trabalho cooperativo realizado no Acre é um exemplo a ser seguido, pois é essencial para controlar essa doença e proteger os produtores de cacau e cupuaçu do Acre e de todo o Brasil", disse Goulart na reunião.O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também presente no encontro, destacou que o País é "eficiente" em resolver questões sanitárias. "Estamos comprometidos com o combate à monilíase para proteger nossos produtores e produtoras", acrescentou o ministro.A monilíase é uma doença que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga. O País está em estado de emergência fitossanitária de 5 de agosto até agosto de 2025, decretado pelo ministério, em virtude da doença.O primeiro foco da praga no Brasil foi identificado em julho de 2021 em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Em novembro de 2022, o segundo foco foi detectado no município de Tabatinga, no estado do Amazonas, dessa vez em comunidades rurais ribeirinhas. Conforme o Ministério da Agricultura, na América do Sul, a praga já se encontra presente no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru.

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