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Vereador suspeito por morte de cabo eleitoral de concorrente é preso no RJ

do UOL

Do UOL, em São Paulo

18/09/2024 10h49

Um vereador candidato à reeleição foi preso hoje de manhã em operação em conjunto entre MP e Polícia Civil por suspeita de arquitetar o assassinato do cabo eleitoral de um concorrente ao cargo em Campos dos Goytacazes (RJ) por motivação política.

O que aconteceu

Político suspeito fez videoconferência em comício eleitoral com homem preso na véspera do crime. Bruno Fernando Santos de Azevedo, o Bruno Pezão (PP), projetou a imagem no telão em reunião com a presença de potenciais eleitores. O vídeo, que consta no perfil do Instagram do candidato, foi anexado à investigação da Polícia Civil.

Homem preso que aparece em vídeo com o vereador foi preso em 2010 e é apontado como chefe do tráfico local. José Ricardo Rangel de Oliveira, o Ricardinho, cumpre pena no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste da capital fluminense.

Crime teria motivação política, indica investigação. Segundo apuração conduzida em conjunto entre o MP e a Polícia Civil, o candidato Diego Dias (PDT), concorrente de Bruno Pezão, não contava com o apoio da facção criminosa que domina o tráfico local para fazer campanha na área onde atua. O UOL não localizou a defesa dos suspeitos de envolvimento no crime. O espaço segue aberto para manifestações.

Vítima foi morta a tiros dentro do próprio carro. Aparecido Oliveira de Moraes, 59, foi assassinado ao ser atingido por dez tiros em uma emboscada ocorrida em 19 de julho deste ano.

Investigadores apreenderam R$ 400 mil em espécie na casa do vereador preso em flagrante. No imóvel, os agentes também encontraram uma pistola automática do mesmo calibre da arma usada no crime, carregadores e celulares. Ele é apontado pela Polícia Civil como "líder de organização criminosa local".

Chefe de gabinete do vereador e um assessor na Câmara de Vereadores também estão sendo investigados. A operação ainda faz buscas para localizar outros três suspeitos de envolvimento no crime. Os mandados de busca e apreensão, também cumpridos no comitê de campanha do político e na Câmara, foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes.

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