EUA vão sediar cúpula global sobre segurança de IA em novembro

Por David Shepardson

WASHINGTON (Reuters) - O governo Biden anunciou na quarta-feira que planeja realizar uma cúpula de segurança global sobre inteligência artificial, enquanto o Congresso continua em dificuldades para regulamentar a tecnologia.

A secretária de Comércio, Gina Raimondo, e o secretário de Estado, Anthony Blinken, sediarão nos dias 20 e 21 de novembro a primeira reunião da Rede Internacional de Institutos de Segurança de IA em San Francisco para "promover a cooperação global em direção ao desenvolvimento seguro e confiável da inteligência artificial".

Os membros da rede incluem Austrália, Canadá, União Europeia, França, Japão, Quênia, Coreia do Sul, Cingapura, Reino Unido e Estados Unidos.

A IA generativa - que pode criar textos, fotos e vídeos em resposta a solicitações abertas - despertou entusiasmo e também temores de que possa tornar alguns empregos obsoletos, alterar eleições e potencialmente dominar os seres humanos e ter efeitos catastróficos.

Em maio, Raimondo anunciou o lançamento da Rede Internacional de Institutos de Segurança de IA durante a Cúpula de Seul sobre IA, onde as nações concordaram em priorizar a segurança, a inovação e a inclusão da IA. O objetivo da reunião de San Francisco é dar início à colaboração técnica antes da Cúpula de Ação de IA em Paris, em fevereiro.

Raimondo disse que o objetivo é uma "coordenação estreita e cuidadosa com nossos aliados e parceiros com ideias semelhantes".

"Queremos que as regras do caminho da IA sejam sustentadas por segurança, proteção e confiança", acrescentou.

A reunião de San Francisco incluirá especialistas técnicos do instituto de segurança de IA de cada membro, ou escritório científico equivalente apoiado pelo governo, para discutir áreas de trabalho prioritárias e promover a colaboração global e o compartilhamento de conhecimento sobre segurança de IA.