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Em uma hora, Marçal posta três direitos de respostas de Boulos e Nunes

Justiça Eleitoral concedeu direitos de resposta a Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) contra acusações de Pablo Marçal (PRTB)  - UOL
Justiça Eleitoral concedeu direitos de resposta a Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) contra acusações de Pablo Marçal (PRTB) Imagem: UOL
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Manuela Rached Pereira

Do UOL, em São Paulo

18/09/2024 13h54Atualizada em 18/09/2024 13h56

Em menos de uma hora, três vídeos com direitos de resposta de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) foram publicados nas redes sociais de Pablo Marçal (PRTB), na madrugada desta quarta-feira (18), após determinação judicial.

O que aconteceu

Dois vídeos de Boulos e um da campanha de Nunes foram publicados no Instagram do adversário. As três gravações foram postadas em sequência e precederam uma enxurrada de novas postagens no perfil de Marçal. Até amanhã desta quarta, 35 novos posts haviam sido publicados na rede social após os vídeos de Boulos e Nunes.

Direitos de resposta de Boulos foram concedidos após acusações sem provas sobre uso de drogas. Em decisões publicadas nesta semana, a Justiça Eleitoral foi favorável a dois pedidos feitos pela defesa de Boulos, que acusa Marçal de "proferir ofensas a honra e imagem" do adversário, baseadas em "acusações infundadas que vinculam sua imagem ao consumo de substâncias entorpecentes".

Sem apresentar provas, Marçal tem associado Boulos ao uso de cocaína em debates, vídeos nas redes sociais e atos de campanha. Desde o início da campanha eleitoral, o deputado federal já teve sete direitos de respostas publicados nas redes sociais de Marçal, após decisões judiciais. No fim de agosto, o jornal Folha de S.Paulo mostrou que Marçal se baseou no caso de um homônimo de Guilherme Boulos que foi alvo de uma ação sobre posse de drogas, sem qualquer relação com o candidato do PSOL.

Nos últimos vídeos, Boulos adota tom descontraído, sem mencionar acusações de Marçal. "Ele tá descontrolado (...) Essa obsessão de Pablo Marçal por mim, nem Freud explica. É descontrole", diz Boulos em uma das gravações. "Eu tô achando que o Marçal tá gostando de me ver nas redes dele. Mente, direito de resposta, e assim vai. Você não consegue me esquecer, né?!", afirmou em outra.

"Pouca gente sabe que eu tenho especialização em psicologia e mestrado em psiquiatria. Mas eu vou falar uma coisa para vocês, essa obsessão de Pablo Marçal por mim, nem Freud explica. É descontrole. Eu tô aqui, mais uma vez, cumprindo um direito de resposta concedido pela Justiça por causa das mentiras do Marçal. Aliás, se ele for pedir música a cada três direitos de resposta que eu ganho dele, até o final da campanha, ele grava um CD duplo. Para de inventar fake news, Marçal. Se comporta como adulto (...)". Guilherme Boulos, em direito de resposta publicado nas redes de Marçal

Direito de resposta concedido a Nunes foi gravada por seu candidato a vice. Em vídeo publicado logo na sequência das gravações de Boulos, Ricardo de Mello Araújo (PL) menciona as acusações de Marçal de que funcionários da prefeitura colocaram uma bandeira durante o ato de 7 de Setembro na avenida Paulista. A Justiça Eleitoral considerou falsas as alegações do ex-coach e concedeu direito de resposta ao prefeito na última segunda-feira (16).

"Escuta novamente aquele áudio que o seu pai te mandou", diz Mello na gravação. O candidato a vice afirma que as acusações de Marçal de que a prefeitura queria "gerar intriga" entre ele e Bolsonaro, eram "mais uma mentira" que o adversário "espalha para enganar o eleitor". Na sequência, lembrou de um telefonema interceptado pela Polícia Federal em 2005 e publicado pelo UOL no qual Marçal recebe uma bronca do pai por ter se envolvido com "hackers". "Honra teu pai e tua mãe", diz o familiar no áudio.

Marçal retrucou em comentário. "O conselho do meu pai serve pro Bolsonaro também. Foi se juntar com os comunistas", comentou o empresário na publicação.

Estou aqui hoje porque a Justiça condenou, novamente, Pablo Marçal, com esse direito de resposta. Ele mentiu dizendo que aquela bandeira atacando o presidente Bolsonaro na Paulista era coisa do Nunes. Não é a primeira, a segunda, a terceira...É mais uma mentira que Marçal espalha para enganar o eleitor. E por isso foi condenado. Pablo, olha aqui para mim, escuta novamente aquele áudio que o seu pai te mandou quando você estava prestes a ser preso. Ele diz: 'Honra a sua família. Sai dessa'. Ricardo de Mello Araújo (PL), em direito de resposta publicado nas redes de Marçal

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