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Custo de produção de soja em MT cai 2,17% na safra 2024/25, mostra Imea

18/09/2024 17h08

São Paulo, 18 - Os custos de produção da soja em Mato Grosso caíram, em média, 2,17% na safra 2024/25 em comparação com a média da safra 2023/24, totalizando R$ 7.118,38 por hectare, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). A redução foi impulsionada pela queda nos preços de insumos, como fertilizantes e defensivos, que recuaram 8,47% e 10,67%, respectivamente. No entanto, a receita estimada de R$ 6.507,98 por hectare para 204/25 não cobre todas as despesas, resultando em um déficit de R$ 610,40.O engenheiro agrônomo e analista do Imea, Abraão Di Matheus Pereira Viana, destacou a importância de os produtores monitorarem os custos de produção e as condições de mercado. "Os custos de insumos continuam desafiadores, mesmo com a queda em fertilizantes e defensivos. É crucial que o produtor esteja atento à comercialização de insumos para aproveitar as melhores oportunidades de negociação e rentabilidade", afirmou Bauer em live de apresentação dos resultados.O Custo Operacional Total (COT), que inclui todos os desembolsos do produtor, exceto depreciações e pró-labore, é estimado em R$ 6.101,74 por hectare para a safra 2024/25, proporcionando uma margem operacional positiva de R$ 406,24, caso a produtividade projetada de 57,97 sacas por hectare seja alcançada. "Apesar da projeção de produtividade de 57,97 sacas por hectare, o ponto de equilíbrio é de 52,24 sacas, o que significa que o produtor ainda tem uma folga de 5,74 sacas, o que gera um saldo positivo", ressaltou Bauer.A expectativa de produção é de 44 milhões de toneladas, um aumento de 12,78% em relação à safra anterior, impulsionado pela expansão de 1,47% na área plantada, que deve atingir 12,66 milhões de hectares. Entretanto, o preço da soja está em queda, cotado a R$ 105,25 por saca, 6,24% inferior ao ciclo anterior, o que pressiona as margens dos produtores.A relação de troca da soja com fertilizantes apresentou um cenário misto. Houve melhora na aquisição de ureia, com uma redução de 21,77 sacas de soja por tonelada, e do Kcl (cloreto de potássio), com redução de 21,14 sacas por tonelada. No entanto, a relação de troca com o MAP piorou. Os produtores precisam desembolsar 42,50 sacas de soja para adquirir uma tonelada de MAP, um aumento de 10,81 sacas em comparação com a safra passada, refletindo a alta nos preços.Sobre as dificuldades enfrentadas pelos produtores, Viana reiterou: "O produtor está enfrentando preços mais baixos da soja e aumento nos custos de alguns insumos, o que exige planejamento constante para garantir a rentabilidade".

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