Um quarto americano é preso na Venezuela por 'plano' contra Maduro
O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, informou, nesta terça-feira (17), que as autoridades prenderam um quarto americano vinculado a um suposto plano para assassinar o presidente Nicolás Maduro.
Em meio à crise que eclodiu após a reeleição de Maduro em 28 de julho, que a oposição denuncia como fraudulenta e que Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina não reconhecem, o governo venezuelano anunciou no sábado a prisão de outros três americanos, além de dois espanhóis e um tcheco, acusados de participação em um plano para "desestabilizar" o país.
"Foi capturado outro cidadão de origem norte-americana (...), o estávamos monitorando, foi capturado aqui em Caracas tirando fotos de instalações elétricas, das instalações petrolíferas, unidades militares", disse Cabello em uma declaração ao Parlamento.
"Tenham a certeza de que este senhor faz parte do plano contra a Venezuela, do plano contra nosso país", acrescentou.
Cabello disse que "outro lote de armas foi capturado", que se soma a cerca de 400 fuzis apreendidos e apresentados no sábado.
"O plano: assassinar o presidente Nicolás Maduro, [a vice-presidente] Delcy Rodríguez, minha pessoa", insistiu o ministro.
O governo venezuelano vinculou os homens detidos às agências de inteligência dos respectivos países, o que Estados Unidos e Espanha negam.
"Estão perguntando onde está seu pessoal, que maldade estamos fazendo contra seu pessoal. Nós respeitamos os direitos humanos, e eles estão resguardados pelas autoridades da Venezuela em lugar seguro", afirmou Cabello.
Não é a primeira vez que estrangeiros são detidos na Venezuela acusados de conspiração.
Os americanos Luke Denman e Airan Berry foram condenados a 20 anos de prisão pela chamada 'Operação Gedeão', um plano denunciado em 2020 pelo governo chavista para invadir o país por mar e derrubar Maduro, o que resultou na morte de oito "mercenários".
Eles foram libertados em dezembro passado e entregues ao seu país em uma troca de prisioneiros que levou à liberação do colombiano Alex Saab, contratante do governo acusado de ser "testa de ferro" de Maduro. O líder dessa operação, o ex-fuzileiro Jordan Goudreau, foi detido em julho passado em Nova York, acusado de tráfico de armas.
jt/erc/mel/ic/mvv/am
© Agence France-Presse
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