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Kremlin diz que expansão do Exército russo é necessária para enfrentar ameaças no flanco ocidental

17/09/2024 07h45

MOSCOU (Reuters) - O Kremlin disse nesta terça-feira que uma ordem do presidente Vladimir Putin para transformar o Exército russo no segundo maior do mundo é necessária para enfrentar as crescentes ameaças nas fronteiras ocidentais da Rússia e a instabilidade no leste.

Putin ordenou na segunda-feira que o tamanho regular do Exército russo seja aumentado em 180.000 soldados para 1,5 milhão de militares ativos, em uma medida que o tornaria o segundo maior do mundo, depois do Exército chinês.

"Isso se deve ao número de ameaças que existem ao nosso país ao longo do perímetro de nossas fronteiras", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres em uma teleconferência.

"Isso é causado pelo ambiente extremamente hostil em nossas fronteiras ocidentais e pela instabilidade em nossas fronteiras orientais. Isso exige que medidas apropriadas sejam tomadas."

De acordo com dados do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), um importante think tank militar, esse aumento faria com que a Rússia ultrapassasse os Estados Unidos e a Índia em termos de número de soldados de combate ativos que tem à sua disposição e ficasse atrás apenas da China em tamanho.

A medida, a terceira vez que Putin aumenta as fileiras do Exército desde que enviou seus militares para a Ucrânia em fevereiro de 2022, ocorre enquanto as forças russas avançam no leste da Ucrânia em partes de uma vasta linha de frente de 1.000 km e tentam expulsar as forças ucranianas da região russa de Kursk.

Andrei Kartapolov, presidente do comitê de defesa da câmara baixa do Parlamento russo, disse na segunda-feira que parte da justificativa para a expansão era a criação de novas estruturas e unidades militares para melhorar a segurança no noroeste da Rússia, depois que a vizinha Finlândia aderiu à aliança da Otan.

A Rússia também expressou preocupação com o que descreve como a crescente militarização do Japão apoiada pelos EUA e os possíveis planos de instalar mísseis norte-americanos lá.

(Reportagem de Dmitry Antonov)

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