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Kamala promete trabalhar com investidores privados para elevar oferta de moradia nos EUA

17/09/2024 17h12

Por Andrea Shalal e Stephanie Kelly

FILADÉLFIA (Reuters) - A candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, disse a jornalistas negros nesta terça-feira que, se eleita, trabalhará com investidores privados para aumentar a oferta de moradias, reconhecendo a necessidade de mais trabalho para reduzir os preços aos norte-americanos.

As questões econômicas foram o principal assunto do início da entrevista, organizada pela Associação Nacional de Jornalistas Negros e realizada em um fórum na Filadélfia, diante de cerca de 180 pessoas.

"Um dos grandes problemas que afetam as pessoas no momento, em termos de economia e bem-estar econômico, é a escassez de oferta de moradia", disse Kamala. "É muito caro."

Kamala repetiu a promessa de que os norte-americanos não paguem mais de 7% de sua renda para cuidar de crianças.

O evento foi marcado após a vice-presidente dos EUA deixar de comparecer à convenção do grupo em Chicago em julho, quando seu rival republicano, Donald Trump, questionou sua identidade negra em uma entrevista.

A participação do ex-presidente Trump no evento gerou polêmica por conta de seus comentários e do tratamento dispensado a um dos moderadores ao considerar injusta uma linha de questionamento.

Eleitores negros apoiaram o então candidato Joe Biden por 92%, enquanto a 8% apoiavam o então presidente em exercício Trump na eleição presidencial de 2020, de acordo com o Pew Research Center. A maioria dos eleitores negros, 63%, planeja apoiar Kamala, em comparação com 13% para Trump, de acordo com uma pesquisa da NAACP divulgada este mês.

Entretanto, alguns eleitores negros estão perdendo a fé no Partido Democrata. Mais de um quarto dos homens negros mais jovens dizem que apoiarão Trump nesta eleição, segundo a pesquisa da NAACP.

"Os homens negros são como qualquer outro grupo de eleitores", disse Kamala. "É preciso conquistar o voto deles."

A entrevista foi conduzida por três membros da organização, assim como a de Trump, neste caso, repórteres do TheGrio e do Politico, além de âncora da WHYY-FM, estação de rádio pública.

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