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Menina morre em explosões de 'pagers' no Líbano, que deixaram centenas de feridos

17/09/2024 11h02

Uma menina de 10 anos, filha de um membro do movimento islamista Hezbollah no Líbano, morreu nesta terça-feira (17) devido à explosão do 'pager' de mensagens do seu pai, relataram a família e uma fonte próxima deste grupo próxima do Irã. 

Esta é a primeira vítima mortal registrada após as explosões quase simultâneas destes dispositivos de comunicação usados pelo grupo islamista, que deixaram centenas de feridos em diversas zonas do Líbano.

O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, ficou ferido em uma das explosões, informou a televisão estatal iraniana, que acrescentou que o diplomata "está consciente". 

Uma fonte próxima ao Hezbollah atribuiu as explosões a um ataque cibernético "israelense".

Este é o primeiro incidente deste tipo desde que o Hezbollah, um aliado do grupo palestino Hamas, e Israel se enfrentaram em duelos de artilharia quase diários após a eclosão da guerra em Gaza, há quase um ano. 

O ministro libanês da Saúde, Firass Abiad, disse à AFP que "centenas de pessoas ficaram feridas em diferentes regiões do Líbano" devido à explosão dos seus 'pagers'.

"Centenas de membros do Hezbollah ficaram feridos pela explosão simultânea dos seus pagers" no sul de Beirute, no sul do Líbano e no Vale do Beca, áreas que são redutos do movimento islamista, disse à AFP uma fonte próxima do partido. 

Um jornalista da AFP no Vale do Beca informou que "dezenas de feridos" foram levados ao hospital. Um correspondente na cidade de Sidon indicou que dezenas de ambulâncias chegaram aos centros de saúde. 

A agência oficial de notícias do Líbano (ANI) relatou "um incidente de segurança sem precedentes nos subúrbios ao sul de Beirute e em várias regiões libanesas", que atribuiu ao "inimigo" israelense.

A agência afirmou que o sistema "foi hackeado com alta tecnologia".

O movimento Hezbollah pediu aos seus membros que parassem de usar celulares para evitar o risco de intercepção por parte de Israel. 

Sendo assim, o partido instalou um sistema de pagers, que não necessita de cartões SIM ou conexão com a internet, para se organizar e convocar seus integrantes para ingressar em suas unidades. 

A Cruz Vermelha libanesa informou que está em "alerta máximo" em um comunicado publicado na rede social X.

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© Agence France-Presse

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