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Chefe da diplomacia europeia diz governo de Maduro é 'ditatorial'

21 fev. 2022 - Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, em entrevista coletiva em Bruxelas, Bélgica - Kenzo Tribouillard/AFP
21 fev. 2022 - Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, em entrevista coletiva em Bruxelas, Bélgica Imagem: Kenzo Tribouillard/AFP

15/09/2024 12h35Atualizada em 15/09/2024 14h19

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, descreveu o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro como "ditatorial" durante uma entrevista transmitida na Espanha neste domingo (15).

"Na Venezuela há mais de 2.000 pessoas detidas arbitrariamente após as eleições, o líder da oposição teve que fugir, os partidos políticos estão sujeitos a mil limitações em suas ações. Como você chama tudo isso? Naturalmente é um regime ditatorial, autoritário", declarou Borrell à Telecinco.

"Não nos enganemos quanto à natureza das coisas", acrescentou o ex-ministro espanhol de Relações Exteriores. "A Venezuela convocou eleições, mas não era uma democracia antes e é muito menos agora", observou.

As declarações de Borrell ocorrem após as controversas eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais Maduro foi oficialmente reeleito para um terceiro mandato de seis anos, apesar das denúncias de fraude por parte da oposição.

O pleito na Venezuela também resultou em protestos que deixaram 27 mortos, 192 feridos e mais de 2.400 detidos, incluindo mais de 100 adolescentes.

O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, rival de Maduro nas eleições, deixou a Venezuela e desembarcou há uma semana na Espanha para pedir asilo, após um mês de clandestinidade em seu país de origem, onde é alvo de um mandado de prisão.

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