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Zelensky chama proposta de paz de Brasil e China de 'destrutiva'

20.set.23 - O presidente Lula durante encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Nova York - Ricardo Stuckert/Presidência de República
20.set.23 - O presidente Lula durante encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Nova York Imagem: Ricardo Stuckert/Presidência de República

Anastasiia Malenko;

12/09/2024 07h58Atualizada em 12/09/2024 11h03

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse em entrevista publicada na quarta-feira que uma proposta de paz da China e do Brasil para a guerra de seu país com a Rússia é "destrutiva" e reclamou que Kiev não estava envolvida no processo.

China e Brasil pediram em maio uma conferência internacional de paz reconhecida por Rússia e Ucrânia, envolvendo participação igualitária de todas as partes, e o que eles chamaram de discussão justa de todos os planos de paz.

"A proposta sino-brasileira é....destrutiva, é apenas uma declaração política", afirmou Zelenskiy ao Metrópoles. "Como vocês podem oferecer 'aqui está nossa iniciativa' sem pedir nada de nós?"

Zelenskiy criticou a postura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da guerra e afirmou que o Brasil é ?pró-Rússia?.

"Infelizmente, eu acredito que eles (governo do Brasil) apoiam a Rússia", declarou Zelenskiy ao falar do posicionamento do Brasil sobre a guerra.

Zelenskiy disse que a iniciativa de Brasil e China não respeita a Ucrânia e sua integridade territorial, de acordo com imagens de vídeo postadas pelo Metrópoles, e que o presidente russo Vladimir Putin tem que tomar medidas para mostrar que quer acabar com a guerra.

O líder ucraniano disse que se ofereceu para discutir as propostas com a China e o Brasil.

A Reuters informou em junho que a China estava tentando recrutar nações em desenvolvimento para se juntarem à iniciativa de seis pontos, emitida antes de uma cúpula liderada pela Ucrânia na Suíça.

Putin disse em maio que apoiava as propostas de paz chinesas e sugeriu este mês que China e Brasil, assim como a Índia, poderiam atuar como mediadores em potenciais negociações de paz sobre a Ucrânia.

Um plano de 12 pontos apresentado por Pequim no início da guerra recebeu uma recepção morna na Ucrânia, e os Estados Unidos disseram que a China estava se apresentando como uma pacificadora, mas refletindo a "narrativa falsa" da Rússia e falhando em condenar sua invasão.

As propostas de Zelenskiy incluem a retirada das tropas russas da Ucrânia, a restauração das fronteiras pós-soviéticas da Ucrânia de 1991 e a responsabilização da Rússia por suas ações.

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