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Petróleo volta a subir graças a furacão e compras a preços vantajosos

11/09/2024 19h50

Os preços do petróleo se recuperaram nesta quarta-feira (11) após várias quedas acentuadas, impulsionados pelo furacão Francine, que se aproxima da Louisiana, bem como por compras a preços vantajosos por operadores especulativos.

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em novembro subiu 2,05%, chegando a 70,61 dólares.

O barril de West Texas Intermediate (WTI) para outubro, por sua vez, aumentou 2,37%, sendo cotado a 67,31 dólares.

Na terça-feira, o Brent havia caído para seu nível mais baixo desde dezembro de 2021.

O furacão Francine avançava nesta quarta-feira pelo Golfo do México, no sudeste dos Estados Unidos - uma região produtora de petróleo com muitas refinarias e reservatórios -, ganhando força antes de impactar as costas do estado da Louisiana. Ventos de mais de 180 km/h são esperados.

O grupo britânico BP suspendeu a produção  em Port Allen, mas não espera que Francine tenha causado danos significativos em suas instalações offshore.

A Shell continua operando a refinaria de Norco e a usina química de Geismar, localizadas entre Nova Orleans e Baton Rouge.

ExxonMobil e Chevron já suspenderam atividades em várias de suas plataformas marítimas.

O Serviço Meteorológico Nacional espera que o furacão se transforme novamente em tempestade tropical após tocar o solo, com ventos menos violentos.

"É preciso estar atento, pois furacões podem causar danos rapidamente", resumiu Stewart Glickman, analista da CFRA.

"Acredito que as instalações do Golfo [do México] podem resistir sem grandes perturbações nos fluxos" de petróleo, avaliou Robert Yawger, da Mizuho.

Além do furacão, operadores especulativos "mergulharam para tentar reverter a tendência" de queda do petróleo, após várias semanas de declínio nos preços, estimou o analista.

O mercado deu pouca atenção ao relatório da Agência de Informação sobre Energia dos Estados Unidos (EIA), que registrou uma menor atividade nas refinarias do país e uma contração da demanda.

tu/er/mr/mel/am

© Agence France-Presse

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