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Rússia avança no leste da Ucrânia e intensifica ataques aéreos no país

08/09/2024 11h47

A Rússia afirmou neste domingo (8) que suas forças estavam avançando no leste da Ucrânia. Moscou intensificou seus ataques aéreos nas últimas semanas, na tentativa de frear uma grande ofensiva ucraniana na região russa de Kursk.   

Desde o dia 6 de agosto, Kiev vem realizando uma incursão na região localizada perto de Sumy, no leste da Ucrânia. 

O objetivo é criar uma zona tampão para proteger sua população dos ataques aéreos de Moscou, que mataram duas pessoas na cidade neste sábado (7). 

De acordo com a administração militar da região, outras quatro ficaram feridas, incluindo duas crianças. Segundo o prefeito de Sumy, Oleksiy Drozdenko, casas e carros também foram destruídos ou danificados.     

Um ataque de foguete russo em uma vila perto da linha de frente na região de Donetsk, o epicentro dos combates, também matou duas mulheres, disse a promotoria regional no domingo.     

Kiev lançou sua ofensiva em Kursk na esperança de forçar a Rússia a dispersar suas tropas, que atualmente avançam no leste do país.

O país intensificou seus ataques na região, registrando em agosto as maiores conquistas territoriais em quase dois anos.     

O Exército russo também reivindicou no domingo a captura de uma cidade no leste da Ucrânia, onde avança em direção à cidade estratégica de Pokrovsk.   

As forças russas "libertaram a cidade de Novohrodivka" na região de Donetsk, disse o Ministério da Defesa russo.     

A cidade está localizada a cerca de vinte quilômetros de Pokrovsk, um importante centro logístico para o exército ucraniano.

Pokrovsk tem sido alvo há várias semanas das tropas russas, que lutam contra as tropas ucranianas que estão em menor número e com poucas armas.   

Ucrânia quer atingir aeroportos russos

Na quinta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, deixou clara sua intenção em conquistar todo o Donbass, a grande zona industrial no leste da Ucrânia, que inclui a região de Donetsk.     

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu no domingo aos parceiros ocidentais "mais margem de manobra" para usar armas fornecidas pelo Ocidente contra alvos na Rússia.    

Kiev espera atacar em solo russo alvos militares considerados "legítimos", como bases aéreas de onde decolam aviões que bombardeiam a Ucrânia, por exemplo.  

"Em apenas uma semana, a Rússia usou mais de 800 bombas aéreas guiadas, quase 300 drones Shahed e mais de 60 mísseis de vários tipos contra nosso povo", disse ele no Facebook.

"O terror só pode ser efetivamente interrompido de uma maneira: atacando aeroportos militares russos, suas bases e a logística do terror russo", disse ele.

Além disso, três pessoas feridas no ataque russo a Poltava, no centro da Ucrânia, na semana passada, sucumbiram aos ferimentos, elevando o número de mortos para 58, anunciaram as autoridades regionais no domingo.   

"Alvos legítimos"   

Os ataques russos também mataram sete pessoas na semana passada em Lviv, no oeste da Ucrânia, uma cidade perto da fronteira com os países membros da UE e da Otan.   

Por sua vez, a Ucrânia reivindicou um ataque a um depósito de munição russo na região fronteiriça de Voronezh no sábado.    

O país também realizou ataques de drones contra depósitos e refinarias de petróleo russos, particularmente algumas centenas de quilômetros atrás das linhas de frente.   

A Ucrânia diz que esses locais são alvos legítimos porque fornecem combustível para os militares russos.  

"Um país que se defende contra a agressão de acordo com o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas não pode ser limitado em sua defesa", disse o novo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andriy Sybiga, no X.     

"O direito internacional permite que a Ucrânia ataque alvos militares legítimos em território russo", acrescentou.

Com informações da AFP

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