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Meloni defende governo após ministro da Cultura italiano renunciar por escândalo

07/09/2024 15h21

CERNOBBIO, ITÁLIA (Reuters) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse neste sábado que seu governo não foi enfraquecido por uma controvérsia sobre um cargo de consultoria oferecido à ex-amante de um ministro que renunciou após um pedido de desculpas televisionado aos prantos à esposa.

O ministro da cultura, Gennaro Sangiuliano, 62, renunciou na sexta-feira após se envolver em um escândalo que dominou as primeiras páginas e se tornou um constrangimento para o governo.

"Se alguém pensa que situações como essas podem ser uma forma de enfraquecer o governo, temo que não seja o caso", disse Meloni quando solicitada a comentar a situação em um fórum empresarial em Cernobbio.

Elogiando o trabalho de Sangiuliano nos últimos dois anos, ela disse que acompanhou os eventos "como outras mulheres" fizeram.

Meloni acrescentou: "E devo dizer que minha ideia de como uma mulher conquista um lugar na sociedade é completamente oposta."

Sangiuliano enfrentou uma tempestade na mídia sobre o papel de Maria Rosaria Boccia, uma autoproclamada empreendedora da moda que na semana passada postou no Instagram que havia sido nomeada "Conselheira do ministro para grandes eventos".

Meloni -- que inicialmente rejeitou a oferta de renúncia de Sangiuliano -- também criticou a imprensa italiana por dar atenção desproporcional aos eventos nas últimas duas semanas.

"Acabei aceitando a renúncia de Sangiuliano para poupar o governo de tal pressão da mídia", disse ela. "Um ministro pediu demissão, vamos dar as boas-vindas ao novo ministro."

Sangiuliano foi substituído logo após sua renúncia na sexta-feira por Alessandro Giuli, chefe do museu de artes contemporâneas MAXXI em Roma.

(Reportagem de Elvira Pollina e Giuseppe Fonte)

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