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Barroso: 'Tem de ver a defesa de Silvio Almeida; a parte política já foi'

Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF - Gustavo Moreno - 21.mar.2024/SCO/STF
Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF Imagem: Gustavo Moreno - 21.mar.2024/SCO/STF
do UOL

Do UOL, em Brasília

07/09/2024 12h31

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), defendeu o direito de defesa do ex-ministro Silvio Almeida, demitido ontem (6) pelo presidente Lula (PT) após acusações de assédio sexual.

O que aconteceu

"A parte política já passou, com a demissão", afirmou Barroso, após ato do 7 de Setembro, em Brasília. "Agora, todas as pessoas têm direito à ampla defesa, e depois, se fará justiça."

O caso ficou público nesta semana, após publicações da imprensa. Em nota, a ONG Me Too Brasil tornou pública as acusações, feitas de forma anônima, após reportagem do Metrópoles na quinta (5), quando o nome da ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) passou a ser citado como uma das denunciantes.

Lula demitiu o ex-ministro dos Direitos Humanos após uma conversa no início da noite. "O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual", diz a nota do Planalto.

Almeida nega as acusações. Em nota divulgada após a demissão, o ex-ministro disse que pediu para ser demitido por Lula e que vai provar ser inocente das acusações.

A exoneração foi oficializada na mesma noite, em edição extra do DOU (Diário Oficial da União). Na sequência, Lula nomeou Esther Dweck como ministra interina dos Direitos Humanos e da Cidadania. Titular da pasta de Gestão e Inovação, ela vai acumular função até a definição de um novo nome.

Acusado de assédio

Anielle confirmou denúncias. O UOL apurou com fontes próximas ao presidente Lula que a ministra confirmou a colegas da Esplanada que havia sido vítima de importunação sexual e assédio por parte de Sílvio Almeida. Participaram dessa reunião o CGU (controlador-geral da União), Vinicius Carvalho, o AGU (advogado-geral da União), Jorge Messias, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e Esther.

O grupo se reuniu depois com Lula, que estava em viagem a Goiânia. Silvio Almeida também foi ouvido pelos colegas, na noite de quinta (5).

O presidente foi informado da conversa e ouviu Anielle após a demissão. Fontes do Planalto dizem que Lula ficou irritado com o com o conteúdo. Após a demissão, reiterou "seu compromisso com os direitos humanos e reafirmou que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada", também segundo a nota do Planalto.

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