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Homem que matou colega com retroescavadeira é condenado a 10 anos de prisão

do UOL

Do UOL, em São Paulo

06/09/2024 16h47Atualizada em 06/09/2024 16h47

O homem que atropelou e matou um colega de trabalho com uma retroescavadeira foi condenado a dez anos e seis meses de prisão. O crime aconteceu em São Carlos, no interior de SP, em março de 2023, e a sentença foi proferida nesta sexta-feira (6).

O que aconteceu

Milton César Magalhães agiu com emprego de meio cruel e utilizou recurso que dificultou a defesa da vítima, destaca a sentença. O homem, que já está preso, iniciará o cumprimento da pena no regime fechado e não poderá recorrer em liberdade.

Tribunal do Júri considerou que o caso foi um "homicídio privilegiado por violenta emoção", o que permite a redução da pena. Esse tipo de homicídio acontece quando o assassino comete o crime quando está dominado por uma forte emoção - logo em seguida de uma injusta provocação da vítima, por exemplo.

Juiz afirmou que, após a morte de Iebel Garcia Silva, sua viúva e filha passaram a ter problemas de saúde. O magistrado Antonio Benedito destacou que o réu foi covarde em atacar brutalmente a vítima com a retroescavadeira.

O UOL não conseguiu localizar a defesa de Milton César Magalhães. O espaço segue aberto para manifestação.

Relembre o caso

Iebel Garcia Silva, de 41 anos, foi atropelado e morto por uma retroescavadeira conduzida por Milton César Magalhães. Ambos eram funcionários do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) em São Carlos (SP).

Câmeras de segurança flagraram o momento em que a vítima é atingida pela retroescavadeira. Iebel dirigia uma moto quando o condutor da retroescavadeira avançou com o maquinário, derrubou a motocicleta e pressionou a vítima contra um carro. Milton usou a retroescavadeira para pressionar e arrastar o corpo do colega diversas vezes. Em seguida, desceu do equipamento, pegou algo próximo ao corpo da vítima e jogou no chão.

Milton fugiu após o crime. O Samu foi chamado e constatou que a vítima morreu no local. A retroescavadeira foi localizada e apreendida pela Guarda Municipal perto da Escola Educativa — a cerca de 1,9 quilômetro de onde aconteceu o crime.

Vítima e assassino tiveram um desentendimento, segundo a Secretaria da Segurança Pública de SP. A dupla também havia se envolvido em um conflito anteriormente. O Saae apontou que, em 2014, foi registrada uma briga entre a vítima e o homem no estacionamento externo da autarquia. À época foi aberta uma sindicância interna e os dois foram punidos com 30 dias de suspensão.

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