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Eleitores da Carolina do Norte começam a receber cédulas para voto por correio nos EUA

05.set.24 - Um funcionário eleitoral prepara cédulas de voto para a eleição geral antes de enviá-las aos eleitores, na sede do Conselho Eleitoral do Condado de Wake em Raleigh, Carolina do Norte - Jonathan Drake/REUTERS
05.set.24 - Um funcionário eleitoral prepara cédulas de voto para a eleição geral antes de enviá-las aos eleitores, na sede do Conselho Eleitoral do Condado de Wake em Raleigh, Carolina do Norte Imagem: Jonathan Drake/REUTERS

Luciana Rosa;

Correspondente da RFI em Nova York

06/09/2024 07h30Atualizada em 06/09/2024 08h54

A Carolina do Norte, um dos estados-chave dessa corrida pela Casa Branca, abre nesta sexta-feira (7) a votação antecipada. O estado começará a enviar as cédulas de votação aos eleitores que, por algum motivo, não poderão comparecer às urnas no dia 5 de novembro, já o voto antecipado feito de modo presencial só terá início em outubro.

Outros cinco estados iniciam a votação antecipada presencial neste mês de setembro. São eles a Pensilvânia (16), Minnesota e Virgínia (20), Vermont (21) e Illinois (26).

A lei federal exige que as cédulas de votação para eleitores que estão no exterior e militares sejam enviadas com 45 dias de antecedência da eleição, ou seja, até o dia 21 de setembro.

Um ponto a destacar sobre o voto por correio é a mudança de opinião de Donald Trump, que não poupou críticas à prática no pleito de 2020, dizendo que havia sido prejudicado por este processo de votação. Após sua derrota, alguns estados governados por republicanos, como Texas e Geórgia, endureceram seus requisitos para votação por correio.

Agora, o republicano utilizou o TikTok para encorajar as pessoas a votar, independentemente do método utilizado para depositar seu voto.

"Esta será a eleição mais importante da história do nosso país. Então, seja por meio de cédulas pelo correio, votação antecipada, votação no dia, você tem que votar. Queremos salvar nosso país. Somos os únicos que vamos salvá-lo. Aquele outro grupo de pessoas vai destruir nosso país", postou o candidato.

05.set.24 - Um funcionário eleitoral exibe uma cédula de teste listando os candidatos presidenciais dos EUA, incluindo Robert F Kennedy Jr., no dia em que uma juíza lhe deu 24 horas para apelar de sua decisão rejeitando sua remoção das cédulas impressas do estado, na sede do Conselho Eleitoral do Condado de Wake em Raleigh, Carolina do Norte, EUA - Jonathan Drake/REUTERS - Jonathan Drake/REUTERS
Cédula de teste lista os candidatos presidenciais dos EUA na sede do Conselho Eleitoral do Condado de Wake em Raleigh, Carolina do Norte
Imagem: Jonathan Drake/REUTERS

Kamala faz pausa para se preparar para o debate

A candidata Kamala Harris não tem comícios agendados e deve passar o final de semana em Pittsburgh se preparando para o debate da próxima terça-feira.

Já a equipe de campanha da democrata está planejando lançar um fim de semana de ação focado nos "perigos" de uma potencial segunda presidência de Trump e o Projeto 2025.

A ideia é educar os eleitores sobre os detalhes da agenda conservadora de governo do adversário, para isso a campanha de Harris planeja realizar mais de dois mil eventos e espera atingir mais de 1 milhão de eleitores.

Os voluntários convocados para esta tarefa pretendem conversar com os eleitores "sobre o plano extremo de Trump de proibir o aborto em todo o país, cortar a Previdência Social e o plano de sáude (Medicare) e aumento de impostos para famílias de classe média", de acordo com autoridades.

No dia seguinte ao debate, Kamala Harris participará de uma atividade em memória do atentado de 11 de setembro em Nova York. Esta não é a primeira vez que a democrata participa da atividade, já que em 2022 e 2023 ela também esteve presente na cerimônia que relembra as vítimas do ataque. O presidente Joe Biden deve acompanhar Kamala na cerimônia desta semana.

Há rumores de que Donald Trump também poderia visitar o local onde ficavam as torres em Manhattan.

Donald Trump dará coletiva de imprensa em Nova York

Trump dará uma entrevista coletiva diretamente da Trump Tower em Manhattan ao meio-dia desta sexta, no horário local, para comentar os acontecimentos da última semana, entre eles seus problemas com a justiça.

Na manhã de hoje também, os advogados de Trump apresentarão os argumentos para tentar anular o veredicto da corte civil de Manhattan que considerou Trump responsável por difamar e abusar sexualmente da escritora e jornalista E. Jean Carroll.

Trump deve comentar a tentativa de seus advogados de mover o caso de fraude, que inclui a compra do silêncio da atriz Stormy Daniels em um total de 34 crimes, da vara cível para o tribunal federal. O pedido foi negado e a sentença do processo deve ser emitida no próximo dia 18 de setembro.

Já em Washington, o conselheiro especial de justiça Jack Smith apresentou nesta quinta-feira ao tribunal federal, onde corre o processo que Trump responde por tentativa de anular o resultado das eleições de 2020, o primeiro relatório do caso. A juíza distrital, Tanya Chutkan, deve analisar os argumentos e determinar em breve como o processo deve prosseguir.

Em declaração, a juíza já deixou claro que não permitirá que a campanha do ex-presidente para voltar à Casa Branca afete o cronograma do caso.

Além da coletiva em Nova York, Trump tem agendado um comício para o próximo domingo em Mosinee, no estado de Wisconsin.

Debate com microfones controlados

Há uma grande expectativa para o debate organizado pelo canal ABC e que acontecerá na Filadélfia, no National Constitution Center, na noite da próxima terça-feira (10).

Tanto que Kamala deve passar os próximos dias se preparando para o seu primeiro encontro com Donald Trump desde que ela foi declarada candidata.

Um cara-a-cara que custou muitas idas e voltas das campanhas sobre as regras que devem orientar o debate. O acordo sobre a dinâmica aconteceu apenas na quarta-feira, quando Harris e Trump aceitaram que seus microfones serão silenciados quando o tempo pertencer ao outro candidato.

A dinâmica já tinha sido implementada no debate de junho entre Biden e Trump, mas foi questionada pela equipe de Harris, que pedia por microfones permanentemente ligados durante os 90 minutos de duração do evento.

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