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Brasileira registrou filhos antes de mandar matar italiano

05/09/2024 19h27

PARABIAGO, 6 SET (ANSA) - As autoridades italianas anunciaram nesta quinta-feira (5) que estão investigando os registros dos dois últimos filhos da brasileira Adilma Pereira Carneiro, de 49 anos, acusada de mandar matar seu companheiro, Fabio Ravasio, em Milão.   

Segundo o Ministério Público de Busto Arsizio, a mulher teria ido ao cartório e registrado os gêmeos com o sobrenome do parceiro italiano apenas um dia antes do crime, em 8 de agosto.   

Os investigadores apontam que o objetivo da brasileira era fazer com que seus filhos se tornassem únicos herdeiros Carneiro é suspeita de ter organizado com cinco cúmplices o assassinato de Ravasio, 52 anos, que faleceu após ser atropelado enquanto andava de bicicleta em Milão, para ficar com o patrimônio do italiano, avaliado em cerca de 3 milhões de euros entre propriedades e um negócio comercial em Magenta.   

De acordo com o inquérito, porém, faltou um ato formal de reconhecimento do próprio Ravasio para com as crianças. Além disso, há fortes dúvidas sobre a veracidade do registro, tendo em vista que foi feito às vésperas do assassinato e pelo fato de que os meninos de 8 anos nasceram durante o casamento de Carneiro com Marcello Trifone, um dos sete envolvidos.   

A mulher e seus cúmplices, incluindo um de seus sete filhos, Igor Benedito, foram detidos sob a acusação de planejar e executar o crime.   

O promotor Ciro Caramore, que coordena as investigações, revelou que Trifone viajava no banco do passageiro do veículo registrado em nome de Carneiro e conduzido por seu filho mais velho, Igor, que atropelou e matou Ravasio.   

Conforme o inquérito, existe ainda a suspeita de que os gêmeos não são filhos de Trifone, com que casou em 2015 e de quem nunca se divorciou, já que em 2016 o homem foi submetido a inseminação artificial.   

A clínica onde foi feito o procedimento foi identificada pelos investigadores, que apuram quem é o pai biológico dos gêmeos, atualmente hospedados na casa de uma das duas filhas mais velhas que Carneiro teve de um anterior companheiro no Brasil. (ANSA).   

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