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Datena diz que Marçal teve que 'arregar' para aliado acusado de elo com PCC

do UOL

Do UOL, em São Paulo

04/09/2024 20h23Atualizada em 04/09/2024 21h43

O candidato à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) gravou um vídeo nesta quarta (4) direcionado ao rival Pablo Marçal (PRTB). Ele relembrou polêmica envolvendo o ex-coach, o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, e o PCC.

O que aconteceu

Datena se refere ao candidato do PRTB como "PCC Marçal". Em vídeo divulgado pela equipe de campanha, ele resgatou trechos de entrevista concedida pelo empresário ao programa "Roda Viva", da TV Cultura. Nele, Marçal diz ter aconselhado Leonardo Avalanche a se afastar de amigos do PCC e "ter bom senso".

"Acho que levou uma 'chegada' por parte do presidente do partido dele e teve que arregar para ele e para o PCC", confronta Datena. Em tom de ironia, ele aconselhou que Marçal não "folgasse" para o PCC, porque o próximo passo seria o "tribunal do crime".

Troca de farpas ocorre após o empresário ser sabatinado pelo UOL e a Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (4). Durante a entrevista, o candidato do PRTB falou que Datena deve desistir para que Boulos ganhe destaque nas pesquisas de intenção de voto. Datena rebateu, dizendo que não vai desistir da disputa.

Primeiro o 'PCC Marçal' disse que o presidente do partido dele deveria se afastar dos amigos que tem do PCC. Depois, acho que levou uma 'chegada' por parte do presidente do partido dele e teve que arregar para ele e para o PCC. Voltou atrás dizendo que o cara é uma figura honrada, uma pessoa maravilhosa.
Datena

Após a sabatina, Marçal esteve em um evento de campanha ao lado de Leonardo Avalanche no bairro do Tatuapé. Ele disse que o presidente do partido tem a sua lealdade. "Se não fosse esse cara, não haveria possibilidade de eu me candidatar", declarou o empresário que prometeu, inclusive, que apoiaria Avalanche em processos contra jornalistas.

Avalanche disse em áudio que mantém vínculos com o PCC. Em agosto, a Folha de S. Paulo revelou trechos de uma gravação de fevereiro, em que Leonardo cita relações com o crime organizado e diz ser o responsável pela soltura de chefe da organização criminosa, André do Rap. No final de agosto, Marçal chegou a pedir ajuda para tirar o PCC do partido.

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